Por meio de petição protocolada ontem no Juízo Criminal de Matinhos, o Ministério Público expôs vários itens necessários para esclarecer o caso em virtude do surgimento do novo suspeito do crime. As promotoras de Justiça Carolina Dias Aidar de Oliveira e Fernanda Maria Motta Ribas defendem que Unfried seja submetido a exame de corpo de delito, para uma posterior acareação com Monik. Elas pedem, ainda, que seja juntado aos autos o laudo pericial de confronto de balística entre a arma encontrada com Unfried e os projéteis retirados do corpo de Osíris, além da reconstituição do crime segundo a versão do novo acusado.
Segundo as promotoras, Unfried confessou a autoria do crime depois de tentar suicídio por enforcamento na cadeia de Matinhos. Por meio de nota oficial, elas disseram já tê-lo interrogado, e que ele teria caído em contradição ao descrever o crime. A polícia só agirá se a Justiça acatar os pedidos do MP.
Indefinição
O delegado-geral da Polícia Civil, Jorge Azor Pinto, não sabe se o delegado Luiz Alberto Cartaxo de Moura continuará à frente do caso. "Isso não está definido ainda. Dependemos do deferimento das diligências pelo Judiciário e só então vamos decidir. A parte da polícia estava concluída", diz. Uma vez aceita a denúncia, o preso passa a ser responsabilidade da Justiça.
Responsável pela investigação do crime do Morro do Boi, Cartaxo dizia categórico que Juarez Ferreira Pinto era o culpado. Não só ele tinha essa convicção: em março, o MP propôs denúncia criminal contra Juarez por roubo seguido de morte, roubo seguido de lesão corporal grave, atentado violento ao pudor e por perigo de contágio de moléstia grave. A promotora criminal Carolina Dias Aidar de Oliveira garantia que não pediria nenhum exame complementar, pois estava convicta de que Juarez era o assassino do Morro do Boi. Ela dizia ter provas testemunhais suficientes para condená-lo.
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