O Ministério Público do Paraná divulgou, na tarde desta terça-feira (28), nota oficial sobre a reunião realizada entre coordenadores e integrantes das quatro Promotorias de Investigação Criminal (PICs) do Paraná.
A reunião seria para mobilizar o MP-PR contra o que vem sendo chamado de "desmonte" das PICs - desde que o governo do Paraná pediu de volta o imóvel que funciona como sede da PIC de Curitiba e requisitou, também, os sete policiais militares que prestavam serviços ao órgão, que investiga crimes especializados e quadrilhas organizadas.
As solicitações seriam uma retaliação do governo à PIC de Curitiba por conta da operação que resultou na prisão do policial civil Délcio Rasera, acusado de comandar esquema de grampos telefônicos e de prestar serviços a políticos de alto coturno, inclusive do Palácio Iguaçu. Rasera estava lotado na Casa Civil.
Na nota oficial, o MP-PR informa que, "tendo em vista a preocupação da comunidade com a estrutura e atuação das Promotorias de Investigação Criminal do Ministério Público do Paraná", a reunião, realizada nesta segunda (27) e terça-feira (28), foi para "analisar a estrutura e a forma de atuação dessas unidades, em face da retirada de apoio material e policial da PIC de Curitiba".Plano de atuação
Convocada pelo procurador-geral de Justiça do Paraná, Milton Riquelme de Macedo, a reunião entre os coordenadores e integrantes PIC de Curitiba, Londrina, Foz do Iguaçu e Cascavel, serviu também para estabelecer um "plano de atuação conjunta em todo o Estado, dando seguimento à atividade da PIC de Curitiba, por meios e mecanismos próprios da Instituição", informa o texto.
Na reunião, realizada na sede da Procuradoria-Geral de Justiça, em Curitiba, os coordenadores lamentaram o posicionamento do governo (em retirar a sede da PIC de Curitiba e o apoio dos policiais), e reafirmaram o compromisso institucional de atuar no controle externo da atividade policial e no combate ao crime organizado.
Os promotores e coordenadores lembram que, por prerrogativas da instituição Ministério Público, podem requisitar força policial para investigações ou ações de prisões, sempre que houver necessidade.
Também na reunião, por decisão do procurador-geral de Justiça, ficou definido que será mantida a atual estrutura das PICs do interior.
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