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Olimpíada teve segurança reforçada no Rio de Janeiro | Fernando Frazão/Agência Brasil
Olimpíada teve segurança reforçada no Rio de Janeiro| Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba denunciou, nesta sexta-feira (16), oito envolvidos em atos de recrutamento e promoção de organização terrorista identificados antes da realização da Olimpíada de 2016.

A operação foi deflagrada no último dia 21 de julho. Doze dos envolvidos na investigação foram detidos no dia 21, duas semanas antes da Olimpíada, e encaminhados para a Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, já que havia risco de atuarem durante os jogos. Outros três foram presos em fases seguintes da mesma investigação.

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Foram as primeiras prisões no Brasil com base na recente lei antiterrorismo, sancionada em março pela ex-presidente Dilma Rousseff. Também foram as primeiras detenções por suspeita de ligação com o grupo terrorista Estado Islâmico, que atua no Oriente Médio, mas tem cometido atentados em várias partes do mundo.

Os oito vão responder pelos crimes de promoção de organização terrorista e associação criminosa. Destes, cinco também são denunciados por incentivo de crianças e adolescentes à prática de atos criminosos. Um dos oito denunciados pode responder , além destes dois crimes, por recrutamento para organização terrorista.

Prisão preventiva

O MPF também pediu a prisão preventiva dos oito denunciados e pediu a aplicação de medidas alternativas aos outros seis investigados pela Operação Hashtag até o fim das investigações policiais. Um deles ainda teve o pedido de prisão temporária prorrogado.

O grupo, integrado por brasileiros, vinha sendo monitorado há algum tempo - principalmente após as autoridades brasileiras receberem um relatório do FBI americano sobre os envolvidos - e seus integrantes foram presos em nove estados (Paraná, Amazonas, Ceará, Paraíba, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul).

“Por meio de quebras de sigilo telefônico, as autoridades rastrearam redes sociais, sites acessados e as mensagens trocadas entre o grupo pelo aplicativo Telegram, e verificaram intensa comunicação entre os integrantes, conclamando interessados a se organizar para prestar apoio ao Estado Islâmico, inclusive com treinamento já em território brasileiro”, explicou o MP nesta sexta-feira.

De acordo com as investigações, alguns dos envolvidos chegaram a noticiar a realização do “batismo” ao Estado Islâmico, jurando a fidelidade exigida pela organização terrorista. Também foram identificadas mensagens de celular relacionadas à possibilidade de se aproveitar o momento dos Jogos Olímpicos para a realização de ato terrorista (inclusive com diálogos sobre como confeccionar bombas caseiras). Estes atos, aliados a uma série de provas levantadas durante a investigação demonstraram a necessidade da decretação das prisões e, posteriormente, de suas prorrogações.

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