O Movimento Passe Livre (MPL) divulgou nota neste fim de semana afirmando que não cabe a ele legitimar ou deslegitimar a violência ocorrida na última quinta-feira (19), durante o protesto "Não vai ter tarifa", que marcou um ano da revogação do aumento da passagem de ônibus em São Paulo. Segundo o MPL, embora os atos de violência não estivessem entre os abjetivos da manifestação, historicamente, os quebra-quebras fizeram parte das lutas populares. Durante o ato do MPL, black blocs mascarados promoveram a depredação de agências bancárias e de uma concessionária de carros de luxo, deixando prejuízo estimado em R$ 2 milhões.
"Sabemos que historicamente os quebra-quebras fizeram parte das lutas populares. Não cabe a nos legitimar ou deslegitimar essas ações, no entanto elas nunca estiveram entre os objetivos do ato do dia 19", diz a nota do MPL.
O Grupo diz que o trajeto e as propostas do ato foram divulgados com antecedência e que essa programação foi seguida, com os manifestantes chegando em segurança até a Marginal Pinheiros.
Mas o GLOBO flagrou alguns jovens do movimento garantindo aos black blocs que poderiam partir para o quebra-quebra no final do protesto, já na Marginal Pinheiros. A via chegou a ser interditada no sentido da Rodovia Castello Branco.
Após as depredações, a Polícia Militar de São Paulo responsabilizou o MPL pelos atos de violência. Segundo o comando da PM, havia um acordo com o movimento para que os policiais não acompanhassem de perto o ato. O Batalhão de Choque só chegou ao local depois da depredação. De acordo com o coronel Leonardo Torres Ribeiro, comandante do policiamento da capital, a PM atendeu o pedido do movimento, que enviou uma carta à corporação pedindo que os policiais se mantivessem afastados. O coronel declarou que a PM foi traída pelo movimento.
"Demos voto de confiança e fomos traídos", afirmou ele.
A nota do Movimento diz que o pedido feito à Secretaria de Segurança Pública apenas mostrava preocupação com a presença ostensiva da polícia, que acaba em provocações e confrontos com manifestantes.
"Isso não significa que a polícia não estivesse presente no ato. Tanto que ela se fez presente, com as ameaças, as provocações, os policiais à paisana e a repressão de sempre", diz o MPL.
O Movimento lamenta ainda a postura do secretário de segurança pública, Fernando Grella, de utilizar a manifestação para voltar a criminalizar diretamente o MPL. A nota também acusa a polícia de intimidar seus militantes e seus familiares.
O MPL afirma que continuará lutando pela tarifa zero na capital.
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora