O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupou duas fazendas na madrugada desta quarta-feira (9) na região de Quedas do Iguaçu, Centro-Sul. As fazendas Dona Hilda e Santa Rita foram tomadas por cerca de 700 famílias. De acordo com o movimento, as duas áreas fazem parte do mesmo título da fazenda Rio das Cobras, que está sob o domínio da Araupel, mas é questionado judicialmente. As fazendas ocupadas, no entanto, pertencem a pessoas que não são ligadas à empresa.

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A coordenação regional do movimento informou que a ocupação faz parte da Jornada Nacional da Mulheres do MST. Na manhã desta quarta-feira (9), centenas de mulheres ligadas ao MST bloquearam a rodovia PR-473, em frente ao acampamento Dom Tomás Balduíno. Segundo o movimento, os carros estão sendo liberados a cada meia hora e a interdição será encerrada ao meio dia.

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O policiamento na região foi reforçado, inclusive com a presença da Força Nacional devido a tensão agrária. As ações do MST começaram ainda no domingo (6) quando aconteceu uma nova invasão em área da Araupel. Na terça-feira (8), centenas de mulheres destruíram os viveiros de mudas da empresa e deixaram prejuízo de R$ 2 milhões.

A Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap) e a Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná (Caciopar) divulgaram nota conjunto repudiando as ações do MST. “As entidades não aguentam mais assistir a tudo isso caladas, principalmente diante de manifestações da Justiça que já determinou as restauração da ordem na região. O que esperamos é que, diante desses novos fatos, o Governo do Paraná, de uma vez por todas, cumpra com o papel que lhe cabe. Caso contrário, novamente abre-se um precedente perigoso e que pode, em algum momento, colocar a perder a democracia e o Estado de Direito que tanto os brasileiros esperaram conquistar”, diz a nota.