| Foto: PRF/Divulgação

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) voltaram a bloquear o tráfego na BR-277, no Oeste do Paraná, na noite de desta quarta-feira (18). A ação ocorreu por volta das 19h20 e seguia em andamento por volta das 23 horas, no quilômetro 468, em Laranjeiras do Sul. Não há previsão para a liberação. O MST havia liberado a rodovia por volta das 18 horas, depois de restringir o tráfego desde as 8 horas, no quilômetro 476, em Nova Laranjeiras.

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De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), cerca de mil manifestantes bloquearam totalmente a rodovia na altura do quilômetro 476 nesta quarta. O protesto foi realizado por causa da reintegração de posse da Fazenda Santa Maria, que pertence a investigados na Operação Lava Jato.

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A orientação da PRF é para que os motoristas continuem evitando a região e sigam por caminhos alternativos. As opções são PR-471, que passa por Catanduvas a Cascavel; PR-281, que passa por Três Barras do Paraná, Nova PRata do Iguaçu e Salto do Londra; e PR- 158, que passa por Saudades do Iguaçu e Laranjeiras do Sul.

Outra manifestação pelo mesmo motivo foi realizada na manhã desta quarta-feira (18) na altura do quilômetro 706 da BR-277, em Santa Terezinha de Itaipu. A rodovia foi totalmente interditada por volta das 7 horas, com queima de pneus e dois caminhões do próprio MST, mas o tráfego foi liberado nos dois sentidos em torno de 8h50. Apenas uma das pistas no sentido Cascavel permanece bloqueado.

Desocupação

As famílias que estão acampadas na Fazenda Santa Maria, em Santa Terezinha de Itaipu, começaram a deixar a área na manhã desta quarta-feira (18) após a Polícia Militar cumprir um mandado de reintegração de posse. A área estava ocupada desde o dia 18 de março quando aproximadamente 2.500 integrantes do MST chegaram ao local.

A desocupação foi pacífica após os sem-terra entrarem em acordo com a Polícia Militar e se comprometerem em desarmar os barracos dentro de três dias. Segundo Elci Zen, advogado do MST, esse prazo foi concedido para que eles possam retirar seus pertences do local. “A Polícia Militar está disponibilizando uma estrutura com caminhões e acho que em dois dias vai ser possível sair”, afirmou o advogado. Os sem-terra estão retornando para a Fazenda Mitacoré, uma área de assentamento em São Miguel do Iguaçu.

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A fazenda, que tem como razão social LRS Agropastoril, pertence aos irmãos Licínio de Oliveira Machado, Ricardo Antonio Cabral de Oliveira Machado e Sergio Luiz Cabral de Oliveira Machado. A família Machado também é dona da Etesco Construções, que tem sede em São Paulo. A construtora é uma empresas citadas na Operação Lava Jato.

Licínio teria sido um dos responsáveis pela indicação de Renato Duque para o cargo de diretor de serviços da Petrobras. A Etesco possuía vários negócios com a Petrobras. A Polícia Militar informou que o administrador da fazenda está no local e equipes monitoram a invasão.