Marido prende mulher no porão por 16 anos

Caso semelhante ocorreuem janeiro deste ano, em Sorocaba (SP). O aposentado João Batista Groppo, 64 anos, foi acusado de manter a própria mulher,Se­­bastiana Aparecida Groppo, com a mesma idade, presa no porão de casa há 16 anos. Eles estavam casados havia mais de 40 anos, mas Groppo vivia na mesma casa com outra mulher. Sua companheira, Maria Aparecida Furquim, também foi presa como cúmplice dos crimes.

A libertação ocorreu a partir de uma denúncia anônima. O aposentado alegou que mantinha a esposa presa porque ela sofria de problemas mentais. A mulher foi encontrada sobre uma cama de concreto, praticamente sem roupas. A falta de higiene causava mau cheiro.

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Uma mulher foi libertada na quinta-feira (3), após viver cerca de dez anos em cárcere privado em Mariluz, na região Noroeste do estado. De acordo com informações da polícia militar de Cruzeiro do Oeste, Clarice Laura de Oliveira, de 45 anos, era mantida presa pelo amante, Francisco Ribeiro, de 60 anos, que foi preso em flagrante.

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A ação policial ocorreu após denúncia anônima feita ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), dando conta de que a mulher estaria presa há vinte anos. Ela foi encontrada em uma residência com portas e janelas trancadas, muros altos e cães de grande porte soltos pelo quintal.

De acordo com o capitão Arildo Alves de Souza, a mulher estava bem debilitada, mas não havia indícios de agressão física. O acusado teria dito aos policiais que havia trancado Clarice porque ela teria transtorno mental. Durante a busca na casa, os policiais localizaram duas armas de fogo embaixo do guarda-roupas, sendo um revolver calibre 38 (com seis cartuchos) e uma espingarda calibre 36.

Ribeiro, que era tapeceiro na cidade, foi autuado em flagrante por cárcere privado e posse irregular de arma de fogo, sendo levado para a delegacia de Mariluz.

Quase dez anos sem contato

Clarice contou que para as assistentes sociais que ela não tinha acesso a qualquer meio de comunicação e que passava o tempo trabalhando em casa, fazendo crochê. Ela ainda relatou que tinha de lavar as roupas dentro da residência e que só podia estendê-las no varal quando o companheiro estava em casa.

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Irmã de vítima sabia da situação

Apesar da denúncia apontar que Clarice ficou presa ao longo de vinte anos, ela teria declarado para as assistentes sociais que ficou quase dez anos trancafiada. Segundo a psicóloga do Creas, Débora Stela, a informação foi confirmada pela irmã de Clarice, que a visitava uma vez por semana. "Ela afirmou que nunca denunciou o caso porque era ameaçada pelo amante da Clarice", contou.

Débora ainda afirmou que o último registro de atendimento de Clarice feito pelo Creas data de 2001. Diante de tantos anos sem acompanhamento na área de saúde, a psicóloga informou que ela passará por avaliações médicas. Clarice foi levada para a casa da irmã, onde passa bem.