Uma mulher compareceu ao Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria) de Curitiba para prestar depoimento após um vídeo mostrar ela, supostamente, estrangulando seu filho, que teria dois anos. O vídeo está no site Youtube desde domingo (27). A moça foi acompanhada do advogado. O Nucria investiga o caso. Familiares da moça e o pai da criança também foram ouvidos.
A delegada do Nucria, Lucy Santiago, afirmou que a polícia está investigando um suposto crime de tortura contra o menino. De acordo com ela, que concedeu uma coletiva sobre o tema nesta tarde, o vídeo é “contundente”, mas é preciso aguardar o final da investigação para concluir se houve crime. Segundo ela, o menino está bem e o conselho tutelar está analisando a possibilidade de uma avó dele permanecer com a guarda temporária agora. Lucy ainda afirmou que, no decorrer da apuração, verificará a necessidade de pedir prisão.
No vídeo, a mulher, aparentemente, aperta o pescoço do menino com o braço. O menino grita e pede por socorro. A violência teria sido cometida no bairro Campo do Santana, na região Sul de Curitiba. A mulher teria entrado na casa do pai, onde o menino estava, acompanhada de dois homens armados, e levado a criança à força.
Em seguida, ela teria filmado a violência contra seu próprio filho. A mãe teria histórico violento e, por isso, o filho do casal teria ido morar com o pai. Na primeira vez, em menos de um mês, segundo as informações que circulam junto com o vídeo no Youtube, ela teria gravado tudo e mandado para o pai. Ela não teria aceitado o fim do relacionamento.
Defesa da mãe
Segundo o advogado de defesa da mãe, Cleyson Landucci, ela não esganou o filho e o vídeo é uma montagem. “O pai da criança está tentando a guarda definitiva”, disse. De acordo com Landucci, alguém está tentando denegrir a imagem a moça.
“Ela está sofrendo ameaça de morte. Ela não invadiu a casa. Houve a noticia que o filho estaria com o pai que, junto com a família, estaria bebendo. A mãe viu o filho nesta situação e foi buscá-lo”, explicou o advogado. O advogado ainda mencionou que há um histórico de quatro boletins de ocorrência contra o pai por agressão contra mãe.