Além de toda a tortura psicológica, a mulher e a empregada do piloto José Melo Viana ficaram o tempo todo – três dias – com as pernas amarradas, no cativeiro montado pelos seqüestradores. A única que ficou solta foi a menina de 11 anos, filha do piloto. A informação foi repassada pela seqüestrada Ana Lúcia da Paixão, 36 anos. Ela disse ontem, durante a entrevista coletiva, que só ajudou a cuidar das reféns e que não ganharia nada pelo serviço. Ana Lúcia afirmou ainda que só ficou sabendo da ação quando o seu marido, o assaltante Edimar Alves, que é ligado ao PCC, chegou com as vítimas.

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Mas o delegado federal Fernando Francischini informou que Ana Lúcia, que mora no bairro Campo Comprido, com a filha de 15 anos, já cuidou de outros cativeiros para o PCC. "Eles a chamam de cunhada – que na linguagem do PCC significa mulher de irmão de facção", disse o delegado.

Já Alessandro de Jesus Alves, 19 anos, chamado de Colorau, disse que chegou a Curitiba anteontem. "Vim de ônibus para passear na casa da tia [Ana Lúcia]. Ele disse que não é soldado do PCC, mas que conhece o assaltante Edimar Alves, o Fininho. O quarto homem preso na operação, Elondri Marcelo Santos Boza, 24 anos, conhecido como Cabelo, é pintor de veículos. De acordo com a investigação, foi ele quem achou a casa para alugar e depois guardou na sua casa o veículo usado na ação. Ele se limitou a dizer que estava dormindo em casa com a mulher e a filha, quando a polícia chegou para prendê-lo. (JNB)

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