É comum andar pelas ruas de Curitiba e encontrar placas com nomes de profissionais que realizam podas ou cortes de árvores na cidade, afixadas em postes (o serviço também é anunciado em sites na internet). Qualquer pessoa tem acesso aos números dos telefones que oferecem o serviço, ignorando que o trabalho só pode ser liberado após a avaliação de técnicos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA).
Segundo a prefeitura, não é possível mensurar a quantidade de cortes ilegais. No ano passado, foram 440 notificações e multas por irregularidades com podas e cortes. Os valores vão de R$ 600 a R$ 6 mil, conforme a espécie e o diâmetro da planta.
Irregularidades
A reportagem da Gazeta do Povo entrou em contato com duas pessoas que oferecem o serviço. Nos dois casos, a primeira pergunta foi a mesma: "Você tem autorização?". Ao receber a negativa, a solução era apresentada prontamente: o primeiro passo é averiguar a condição e o tamanho da árvore, marcar o corte para o fim de semana, para que os vizinhos não vejam, e, segundo eles, torcer para que ninguém denuncie. O corte seria feito com motosserra, de cima para baixo para não haver risco de a árvore cair em cima da casa.
José (*) trabalha há anos com isso e mantém uma equipe para a realização de corte e poda de árvores. Ele lembra que faz qualquer serviço, mas dá preferência àqueles com autorização. "Ultimamente, porém, só tenho pego pepino", desabafa. O autônomo alerta que existem árvores como o pinheiro e a palmeira que nem adianta tentar cortar. "Se pedir autorização (para a prefeitura), vai morrer com a árvore", conta. Segundo ele, a fiscalização fica de olho no endereço. O corte de uma palmeira com mais de 15 metros custa entre R$ 500 e R$ 800.
Assim como José, Alberto (*) alerta sobre os cuidados que devem ser tomados. Segundo ele, é preciso se certificar de que os vizinhos não vão denunciar. "Se isso acontecer, é problema na certa", avisa. (AP)
* nomes fictícios
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