O Brasil tem 268 espaços de divulgação científica mapeados, entre museus de ciência, planetários, observatórios, jardins botânicos e zoológicos. Desse total, 58% estão concentrados na Região Sudeste, 16% nas regiões Sul e Nordeste, 6% no Centro-Oeste e 4% na região Norte. As informações são da Agência Brasil.
Enquanto o estado de São Paulo tem 79 museus, o Piauí e o Maranhão só têm um. Os estados do Acre, de Rondônia, de Roraima e do Tocantins não têm nenhum museu científico.
A pesquisa Percepção Pública da C&T no Brasil 2015, divulgada em julho pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, revelou que a dificuldade de acesso é um dos principais problemas para visitações. De acordo com o levantamento, 40% das pessoas informaram não visitar centros de ciência e tecnologia porque não existem na região em que vivem ou ficam muito longe.
Para o presidente da Associação Brasileira de Centros e Museus de Ciência, Carlos Wagner Costa Araújo, a diferença entre as regiões reflete a desigualdade do país. Ele ressaltou a importância do acesso a esses espaços científicos interativos para despertar o interesse pelo conhecimento. “Defendemos que as novas universidades, em especial no interior do país, têm de pensar na divulgação científica. Assim, provocamos a vontade de entrar para o mundo da ciência”, explicou.
Segundo Araújo, há espaço para ampliação dos centros de ciência, mas é preciso de incentivo. “O maior desafio são políticas públicas para financiamento desses espaços, pois os editais não são frequentes e não têm permanência.”