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Mutações estariam fazendo com que o vírus H5N1 da gripe aviária se tornasse mais fatal em galinhas e mais resistente no meio ambiente, afirmou nesta segunda-feira a Organização Mundial da Saúde. Em comunicado publicado em seu site (www.who.int), a OMS afirma, no entanto, que isso não implica em maiores riscos para os seres humanos.

"Não há qualquer impacto no desenvolvimento da doença em humanos, incluindo a sua forma de transmissão", afirmou a OMS.

As mudanças afetariam o padrão de transmissão do H5N1 entre aves domésticas e pássaros selvagens, facilitando a contaminação. Alguns patos teriam desenvolvido a capacidade de passar o vírus sem ficarem doentes. De acordo com estudos realizados em laboratório, a resistência do H5N1 triplicou em um curto espaço de tempo. Em regiões de clima temperado, o vírus já conseguiria sobreviver seis dias - ao invés de dois - no meio ambiente.

A gripe aviária se espalhou nos últimos meses da Ásia para Rússia, África e Europa e já matou pelo menos 90 pessoas. Com a Europa em alerta - Alemanha, Áustria, França e Itália estão entre os países que registraram casos recentes da doença em aves selvagens - a Organização Mundial da Saúde teme uma epidemia da doença.

"O aparecimento do vírus em um número cada vez maior de países em um curto espaço de tempo é um problema de saúde pública. Aumentam as possibilidades de casos em seres humanos", afirmou a OMS.

Cientistas temem que a mutação possa facilitar o contágio, permitindo a transmissão de pessoa para pessoa e desencadeando uma pandemia em que milhões de pessoas poderiam morrer. Ainda não se sabe que tipos de mudanças genéticas seriam necessárias para fazer com o vírus se tornasse transmissível entre humanos. Por isso, a OMS afirma que é necessário manter-se vigilante e investigar todos os casos registrados.

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