A ação de recolhimento de lixo eletrônico em Curitiba, conhecida como E-Lixo, recebeu cerca de sete toneladas de sucatas no último sábado (8), quando ocorreu o recolhimento de lixo eletrônico nos parques Barigui, no Santo Inácio, e Cambuí, que fica no bairro Fazendinha.
A quantidade de sucata recolhida é menor do que a da penúltima vez em que a ação foi realizada, em agosto de 2014, quando onze toneladas foram recebidas pela Prefeitura de Curitiba. Segundo o poder público, o número menor ocorre porque a arrecadação depende da demanda que a população tem para descartar e nos primeiros dias de entrega é normal que a quantidade de lixo seja maior.
O programa de recolhimento de sucata é uma ação do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas do Estado do Paraná (Sescap-PR), em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente de Curitiba e a ONG (Organização Não Governamental) Pró-Cidadania.
O material recolhido foi encaminhado para a Unidade de Valorização de Recicláveis (UVR), que fará, segundo a prefeitura, a triagem da sucata para saber qual a melhor destinação e como conseguir um valor melhor para o lixo eletrônico. O montante arrecadado com a sucata será revertido para projetos sociais da Pró-Cidadania e da Fundação de Ação Social (FAS) de Curitiba.
Segundo a prefeitura da capital, este foi o último dia de recolhimento de sucatas em 2014. No ano de 2015 a ação deve voltar a ser realizada, ainda sem data prevista.
Separação é importante pois evita contaminação
O lixo eletrônico não pode ser descartado juntamente com o lixo comum porque os equipamentos têm produtos tóxicos, que são altamente poluentes. Mercúrio, chumbo, fósforo e cádmio são alguns dos elementos químicos existentes em processadores, capacitores e baterias, que se não estiverem em condições corretas podem contaminar pessoas, animais, ar, água e solo.
Além de evitar a poluição, o reaproveitamento de componentes eletrônicos ainda gera dinheiro. Quando são desmanchados, os aparelhos rendem metais nobres, como ouro e cobre. O professor Luiz Augusto Pelisson, da Universidade Tecnológica Federal do Pa-raná (UTFPR), explica que o ouro é um ótimo condutor elétrico e, por isso, processadores e outros componentes têm finos fios de ouro. O uso do metal dourado já foi mais comum em equipamentos eletrônicos, mas acabou sendo substituído recentemente por ligas de cobre, com a intenção de baratear os aparelhos.