Para a ambientalista Teresa Urban, sociedade civil, poder público e iniciativa privada precisam atuar de forma conjunta na preservação e na utilização equilibrada dos recursos naturais, sob pena de agravar ainda mais problemas como o do abastecimento de água no Paraná. "Não adianta só fechar a torneira. Campanha para economizar água é pontual. Passou a campanha, o pessoal volta a gastar demais", explica.
Segundo ela, é necessária a criação de programas permanentes para a educação ambiental. "Não dá para continuar achando que a água vem da torneira. Não dá para olhar para um rio como o Belém e achar que aquela situação está normal."
Para Teresa, no entanto, é um erro atribuir todas as soluções ao poder público. "Por exemplo, é fundamental a participação da sociedade nos comitês de bacias que podem regular a cobrança pelo uso da água. Não dá para deixar o estado assumir todo o controle de planejamento e financeiro dos comitês."
A ambientalista participa hoje como palestrante no 14.° Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas (Cabas) e na Feira Nacional da Água (Fenágua), que acontece em Curitiba. O evento, que termina amanhã, discute as novas tecnologias de uso e preservação de águas subterrâneas. (GV)
