Prestes a completar oito meses, a reforma da Praça da Espanha virou motivo de dor de cabeça para os comerciantes da região. A obra, que deveria ter sido entregue em 22 de novembro passado, está 90% concluída e atualmente encontra-se paralisada por falta de pagamento dos aditivos feitos no contrato entre a prefeitura de Curitiba e a empreiteira de Cascavel que a executa.
Naquela praça 2
De acordo com o presidente da Associação dos Comerciantes da Região da Praça da Espanha (Ascores), Othon Accioly, a demora está causando prejuízos ao comércio local, que tem na praça o ponto de atração do público, principalmente nos finais de semana. Accioly diz que a próxima edição do Empório Soho, feira gastronômica ao ar livre, marcada para os dias 21 e 22 de março, sairá de qualquer maneira.
"Se até lá não estiver inaugurada, nós mesmos vamos tirar os tapumes", avisa.
Naquela praça 3
A placa colocada no local informa que o custo da reforma é de R$ 1.880,882,38, bancados pelo Ministério do Turismo, Caixa Econômica Federal e Prefeitura de Curitiba. Deste valor, 8% cabem ao município a título de contrapartida. Segundo informou ontem à coluna a assessoria de Comunicação Social da prefeitura, o atraso reclamado pelo prestador do serviço se deve também a um atraso no repasse do Ministério do Turismo, no valor de R$ 800 mil. O dinheiro será depositado hoje na conta do município e na segunda-feira será pago ao fornecedor, garantiu a assessoria.
A nova data de inauguração da praça ainda não foi definida.
Cavalar
A 20ª edição do Remate da Cabanha São Rafael está marcada para o período de 5 a 7 de março, no distrito de São Luiz do Purunã, em Balsa Nova. Trata-se do maior evento privado da América Latina para a venda de cavalos da raça crioula. Além do remate, será realizada também a 15ª edição da Credenciadora de Inéditos.
O pecado mora ao lado
Bem que os professores e demais servidores públicos estaduais acampados diante do Palácio Iguaçu poderiam estender a vigília e o protesto para o prédio do Tribunal de Contas do Estado. Numa incrível demonstração de falta de bom senso e na contramão de todas as expectativas dos brasileiros, o órgão encarregado de fiscalizar a boa aplicação dos recursos públicos acaba de aprovar o pagamento de auxílio-moradia para conselheiros, auditores e procuradores, num total de 20 privilegiados. Cada um vai receber quase R$ 4.400 por mês a título de ajuda de custo para morar.
Se recusasse a famigerada verba, o TC do Paraná daria não só um belo exemplo para o país como ajudaria a economizar as já esquálidas finanças estaduais. Mas aí já é pedir demais.