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O capitão-de-fragata Giucemar Tabosa Cardoso, membro do comando de buscas ao Air France 447, disse nesta segnda-feira (8) que os navios de resgate da Marinha brasileira "navegam em um mar de destroços". As buscas ocorrem entre os arquipélagos de São Pedro e São Paulo e de Fernando de Noronha, a 1.100 Km da costa brasileira. O avião caiu depois de decolar do Rio de Janeiro, no dia 31, em direção a Paris.

O oficial não soube precisar a profundidade do mar no local do desastre. Informações iniciais dão conta de que chega a 2,5 mil metros. "A plataforma continental brasileira no Nordeste é bastante curta, daí se presume uma grande profundidade", disse o capitão Giucemar.

A Marinha está trabalhando com cinco embarcações na busca. Nesta segunda-feira, o navio-patrulha Grajaú teve que retornar a cidade de Natal, onde fica baseado, para se reabastecer de combustível e alimentos. Um outro navio do mesmo tipo, o navio-patrulha Guaíba, foi enviado em substituição.

Dentre os destroços já localizados estão poltronas, partes da fuselagem, monitores de LCD, máscaras de oxigênio, quase seis quilômetros de fiação e objetos pessoais das 228 pessoas a bordo do AF 447. Até agora, foram confirmados 16 corpos resgatados.

"A fragata Constituição deverá chegar na manhã desta terça-feira (9) a Fernando de Noronha, transportando todos os 16 corpos já resgatados", informou o tenente-coronel Henry Munhoz, do centro de comunicação da Aeronáutica.

A chegada dos corpos a Fernando de Noronha estava prevista inicialmente para a segunda (8). Porém, o Constituição reduziu sua velocidade para ser alcançado pela fragata francesa Ventose, também integrante das buscas, que estava com os corpos de sete vítimas.

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