Atrasos de até três horas, grandes filas nos guichês e quase nenhuma informação na Infraero, no posto da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e junto às próprias companhias. Apesar do quadro típico da recente crise aérea brasileira, o clima na noite de ontem, no aeroporto Afonso Pena, não era de revolta. O semblante dos passageiros e funcionários era pesado, demonstrando pesar e alívio. O representante comercial argentino Guillermo Alan iria voar para Congonhas na noite de ontem. Com o vôo cancelado, esperava uma informação no guichê da TAM. "Vi tudo pela televisão. Foi horrível", disse ele, que ainda não sabia se passaria a noite em Curitiba ou se embarcaria ainda ontem.
Na fila do desembarque, passageiros buscavam ou transmitiam informações pelo telefone celular. Uma mulher chorou de emoção ao saber que o filho não pegou o vôo do acidente. As televisões instaladas no aeroporto serviam para informar quem estava no chão sobre o que acontecia em Congonhas.
Os jogadores do Sociedade Recreativa Caxias do Sul, que ia para Congonhas e faria uma conexão com destino a Maringá, onde jogaria uma partida contra o Adap-Galo, válida pela série C do Campeonato Brasileiro, assistiam atônitos às imagens do acidente. De acordo com o assessor da imprensa da equipe, os jogadores poderiam passar a noite na cidade e rumar de ônibus para Maringá.