Maringá está entre as cidades paranaenses com alto desempenho segundo ranking da Firjan.| Foto: Prefeitura de Maringá/

Oito cidades paranaenses possuem alto desenvolvimento nas três vertentes – saúde, educação e emprego e renda– , de acordo com o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal. Para chegar a esse patamar, é preciso obter índices superiores a 0,8 em cada área analisada. Em todo o Brasil, apenas 31 cidades alcançaram essa excelência.Nenhuma capital está no grupo.

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No Paraná, as cidades com esse nível de desenvolvimento se concentram na porção Norte e Leste do estado. Seis delas – Maringá, Campo Mourão, Pato Branco, Medianeira, Francisco Beltrão e Toledo – estão entre as dez cidades com o maior IFDM geral. Ainda entram no grupo seleto Cascavel e Umuarama, que estão entre as 15 melhores cidades paranaenses.

Com economia em crise, é preciso cuidar para não regredir em indicadores

Desde que a Firjan começou a analisar indicadores de desenvolvimento socioeconômico, o Brasil esteve em ascensão. De 2005 a 2013, período que compreende a série histórica do IFDM, a economia brasileira passou por um momento de crescimento, que impulsionou o desenvolvimento em outras áreas. O problema é que já se pode notar uma estagnação dessa economia em 2013, com a queda acentuada na vertente emprego e renda. Com a economia bamba, as áreas de saúde e educação podem ser afetadas na esteira.

“Essa desaceleração econômica se reflete em menos recursos para os municípios, tanto em receita própria quanto em transferências do governo federal”, pondera o economista da Firjan Jonathas Goulart. A projeção da Firjan aponta para anos ainda mais difíceis na economia. Para os indicadores de 2014, a federação estima que o nível econômico equivalha ao de 2007. Já para os de 2015, a projeção mostra que o patamar seja inferior ao de 2005. “O que fica em xeque é a evolução, já que regredir nas outras vertentes causaria danos permanentes. Mas economicamente não é tão simples de se reverter a situação.”

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O economista da Firjan Jonathas Goulart explica que o tamanho da cidade não influencia tanto no desenvolvimento das cidades. “Para saúde e educação são as políticas públicas mais estruturadas que fazem diferença. Já para emprego e renda, os maiores municípios podem absorver o mercado de trabalho dos vizinhos”, pondera.

O Paraná está bem avaliado, de modo geral. Dos 399 municípios do estado, 383 possuem o IFDM moderado (entre 0,6 e 0,8) ou alto (entre 0,8 e 1,0), o que corresponde a 96% do total. Esse resultado só foi possível porque 66,4% das cidades registraram avanços na comparação entre 2012 e 2013. No Brasil, a média de cidades com esse nível de desenvolvimento é de 68,1%.

Nacional

A cidade brasileira com o maior IFDM é Extrema, cidade com menos de 30 mil habitantes, no Sul de Minas Gerais. Com índice de 0,9050, o município saiu da 569º posição para a liderança do ranking, puxado principalmente pelos bons resultados na educação. É a primeira vez desde o início da série histórica que a liderança não fica com uma cidade paulista.

Já entre as regiões, o Sul é a que possui o desenvolvimento mais alto do país, com 96,8% das cidades com IFDM moderado ou alto. Na sequência, aparece o Sudeste, com 91,5% de municípios nesse patamar. O Centro-Oeste vem reduzindo a distância na comparação com as regiões mais desenvolvidas: já não possui nenhuma cidade com baixo desenvolvimento.

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A quebra ocorre no Norte e Nordeste, que possuem quase 70% das cidades com desenvolvimento regular ou baixo. A diferença entre essas duas regiões é que as cidades nordestinas levam vantagem nas vertentes sociais enquanto as nortistas avançaram mais nas questões de emprego e renda.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]