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violência

No Rio, ciclista é atacado a pedrada por assaltantes no Aterro do Flamengo

O executivo carioca Alfredo Hirsch, 46, pedalava a 32 km/h na pista do Aterro do Flamengo quando foi atacado por três assaltantes em torno das 5h desta quinta-feira (27) na zona sul carioca.

Um deles atirou uma pedra que atingiu o capacete de Hirsch, pouco acima de seu olho direito. Com o impacto, o ciclista caiu no chão, quebrou a clavícula e fraturou quatro costelas.

Funcionário de uma multinacional, o executivo foi levado para o hospital Samaritano, no bairro vizinho de Botafogo. Ele não corre risco de vida.

A reportagem apurou que, enquanto estava deitado no asfalto e ainda atordoado em decorrência da queda, Hirsch foi cercado e revistado pelos assaltantes, que queriam levar também seu celular.

Os criminosos acabaram fugindo sem o aparelho, guardado em um dos bolsos, mas levaram a bicicleta de competição usada pelo executivo.

No hospital, o ciclista disse a amigos que o desfecho da história poderia ter sido muito pior se não estivesse com o capacete, que quebrou ao ser atingido pela pedra.

Hirsch é aluno da equipe de assessoria esportiva de Walter Tuche, um dos principais treinadores de triatlo do Rio.

De segunda a sexta, entre 4h e 5h30, um trecho da pista do Aterro do Flamengo é fechado justamente para o treinamento de ciclistas amadores e profissionais, que costumam andar em grupo, os chamados pelotões.

Nesta quinta, não havia treino orientado por Tuche. Mesmo assim, em torno de dez de seus alunos decidiram ir pedalar no Aterro.

Alfredo Hirsch largou com o grupo e, após algum tempo, seguiu em um ritmo mais lento e ficou para trás. Outro a se desgarrar do pelotão foi o analista Wilson Lapa, 29, que também encontrou pela frente os três assaltantes.

“Eles vieram andando pelo asfalto em minha direção e, ao me aproximar, tentaram me chutar. Por sorte, consegui desviar”, disse Lapa.

Imediatamente, o ciclista seguiu na direção do pelotão e avisou os outros atletas: “Assalto! Assalto!”

“Dois minutos depois, encontramos o Alfredo caído no chão”, acrescentou Lapa. Hirsch foi socorrido pelos próprios ciclistas e levado para o hospital.

Em nota, a Polícia Militar informou que realiza diariamente ações no Aterro do Flamengo e praias adjacentes com o objetivo de diminuir os roubos e furtos na região.

Morte de ciclista na Lagoa

A tentativa de assalto a um ciclista no Aterro do Flamengo, um dos pontos turísticos da cidade do Rio, ocorreu três meses depois a morte do cardiologista Jaime Gold, 57. Na ocasião, ele pedalava na ciclovia da lagoa Rodrigo de Freitas, quando foi abordado por dois assaltantes em frente ao centro náutico do Botafogo.

Foi esfaqueado no abdômen e no braço, não resistiu aos ferimentos e morreu horas depois.

Três menores foram acusados pelo crime e, em junho, dois foram condenados a cumprir medidas socioeducativas e internação por até três anos. Neste período eles permanecerão sob os cuidados do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase).

Desde junho, entrou em vigor no Estado do Rio uma lei que inclui roubo de bicicleta nas estatísticas do Instituto de Segurança Pública.

A lei, aprovada após a morte de Gold, tem o objetivo de rastrear este tipo de ocorrências, que até então eram classificadas como assaltos a pedestres.

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