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Dois homens incendiaram um ônibus na tarde desta quarta-feira (6) em Blumenau, no interior de Santa Catarina, no sétimo dia de ataques coordenados pela facção Primeiro Grupo Catarinense (PGC). O número de ataques já passa de 60.
A ação ocorreu no bairro Fortaleza, por volta das 15h30. Segundo a Polícia Militar, dois homens em uma moto foram os responsáveis pelo crime. Após colocar fogo no coletivo, eles abandonaram a moto no Morro da Lagoa e fugiram pelo mato.
Foi o primeiro ataque contra ônibus em Blumenau este ano. Em novembro do ano passado, um ônibus foi incendiado e houve disparos contra o presídio do município. Com a nova ofensiva desta quarta, já são 61 registros de ocorrências de ataques em 19 cidades de Santa Catarina desde o dia 30 de janeiro.
Mesmo com a quantidade de ataques registrados desde o dia 30 de janeiro, em 19 municípios de Santa Catarina, o carnaval está mantido no estado. Autoridades catarinenses reconhecem a preocupação diante dos casos de violência, mas acreditam que os últimos registros têm se caracterizado mais como atos de vandalismo do que ataques organizados sob comandos enviados por criminosos de dentro dos presídios. As informações são da Agência Brasil.
Prontidão
Agentes do Estado descartaram a necessidade do apoio da Força Nacional de Segurança Pública, em relação aos esquemas montados em anos anteriores, para garantir tranquilidade durante a festa popular que começa no sábado (9). A única alteração prevista é que, em todo o estado, todos os policiais estarão em regime de prontidão.No caso da Polícia Militar, os 11 mil contratados podem ser chamados a qualquer momento para atividades operacionais, nas ruas das cidades, mesmo que estejam de folga ou desempenhando funções administrativas.
Além disso, as cidades onde ocorreram os recentes ataques que já tinham aumentando o contingente de policiais nas ruas devem manter o reforço. Na capital Florianópolis, por exemplo, 200 policiais militares estão atuando diariamente. Normalmente, 120 agentes trabalham a cada dia.
A ordem de prontidão, no caso de Florianópolis, inclui 800 policiais militares. No caso da capital, a única alteração na programação do carnaval deste ano é a suspensão do desfile das escolas de samba.
A mudança, não tem qualquer relação com os ataques. Segundo assessores do governo do Estado, o desfile não vai ocorrer porque a prefeitura da cidade não repassou os recursos para as agremiações. Mas o carnaval de rua está mantido.