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A Comissão Executiva Nacional do PT, reunida no dia 6 de outubro de 2006, decide:

• 1. O Partido dos Trabalhadores, sua militância e sua direção fomos surpreendidos com a notícia de que um grupo de filiados havia negociado com a "família Vedoin" um dossiê contendo informações sobre a atuação da "quadrilha dos sanguessugas" no governo FH, nas gestões José Serra e Barjas Negri, no Ministério da Saúde.

• 2. A surpresa foi ainda maior porque as informações sobre os vínculos entre esta quadrilha e a cúpula tucana já eram de conhecimento público.

• 3. Os filiados envolvidos nessa negociação não consultaram a direção do PT, não consultaram a coordenação de campanha e não consultaram os candidatos do Partido. Portanto, desrespeitaram as normas básicas de convivência num partido democrático.

• 4. O episódio do dossiê serviu de pretexto para, na reta final do primeiro turno, ter curso uma campanha articulada entre a oposição de direita e setores da mídia. Esta campanha ocultou os vínculos entre a cúpula tucana e a quadrilha dos sanguessugas, dando destaque apenas para a negociação do dossiê.

• 5. A Executiva Nacional do PT repudia a atitude destes filiados, considera um equívoco substituir a disputa de projetos por este tipo de prática, condena a promiscuidade com um grupo de criminosos, bem como o total desrespeito à democracia partidária.

• 6. Os filiados que assim agiram colocaram-se, na prática, fora do Partido. E, por decisão da Executiva Nacional, estão politicamente expulsos do PT os filiados Expedito Veloso, Jorge Lorenzetti, Oswaldo Bargas e Hamilton Lacerda.

• 7. Tendo em vista estas considerações políticas e para dar cumprimento à legislação, a CEN decide aplicar, aos filiados envolvidos que ainda não se desfiliaram do Partido, o que prevê o artigo 228, inciso I do estatuto do Partido dos Trabalhadores. São Paulo, 6 de outubro de 2006.

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