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Educação

Nova greve de professores divide opinião de pais e alunos

Aviso sobre a greve em frente à Escola Estadual Senhorinha de Moraes, em Curitiba | Raphael Marchiori/Gazeta do Povo
Aviso sobre a greve em frente à Escola Estadual Senhorinha de Moraes, em Curitiba (Foto: Raphael Marchiori/Gazeta do Povo)

A nova paralisação dos professores estaduais, a segunda neste ano, iniciada nesta segunda-feira (27) divide opiniões de pais e alunos. O eletricista José Barreto dos Santos, de 47 anos, se disse surpreendido com a nova greve ao levar a filha, Gislaine para a aula. “Não fomos avisados. Só soube porque li no jornal”, disse. Ele é contra o movimento. “Acho que (os professores) deveriam negociar mais e não estourar nos alunos, que terão o conteúdo das aulas achatado.”

Já a costureira Jane Campos Duarte, de 55 anos, apoia o movimento dos professores. “A palavra tem de ser cumprida. Se o governo não cumpriu a palavra dele, que haja greve”, disse, lembrando que os políticos também tiveram de passar pelos professores e hoje não os valorizam. A filha dela, Stefany, de 15 anos, está no 9.º ano do ensino fundamental e também aprova a manifestação. “Os professores precisam ser mais respeitados”, afirma a menina.

O Sindicato dos Professores (APP-Sindicato) informou ter retomado a greve porque o governo descumpriu o acordo firmado em março. Desde o último domingo (26), as lideranças da entidade estão enviando moções aos deputados para que eles retirem ou rejeitem o Projeto de Lei 252/2015 – que trata das mudanças na previdência. A categoria também aprovou uma assembleia estadual permanente e a campanha salarial deste ano, que engloba itens como carga-horária, porte das escolas, pagamento retroativo do piso nacional e o índice da data-base – que deve ficar em torno de 8% em 2015.

Procurada pela reportagem, A Secretaria Estadual de Educação (Seed) informou que cumpriu todos os itens acordados em março e que eventuais faltas de professores e funcionários da Educação a partir de hoje serão descontadas em folha de pagamento. Disse também que o movimento afetará gravemente o ano letivo e que a Procuradoria Geral do Estado já ingressou com medidas judiciais para decretá-lo ilegal e abusivo. Sobre o impacto da paralisação na rede, a pasta estadual informou que está coletando dados da adesão dos professores à greve junto às 32 regionais do estado. O balanço final do impacto do movimento na rede deve ser divulgado até o fim da tarde desta segunda-feira (27).

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