Existem uma série de mitos em relação à pílula anticoncepcional. Antigamente, tomar esses medicamentos era como se submeter a um verdadeiro bombardeio hormonal. A primeira pílula combinada, o Enovid, tinha em sua composição 150 microgramas de estrogênico. Comparada com as pílulas atuais, que contêm 15 microgramas, tinha dez vezes mais hormônio. No que se refere ao derivado da progesterona, o Enovid continha 164 vezes mais hormônio. Hoje, a dosagem hormonal é bem menor, portanto os efeitos colaterais também diminuíram. O ganho de peso, principal preocupação das mulheres, já não é causado por alguns medicamentos modernos.

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O especialista em reprodução humana, Alessandro Schuffner, desmente outro mito existente em relação a pílula. "Muita gente pensa que é preciso dar pausas de tempos em tempos. Isso não é necessário, porque logo depois que a mulher para de tomar o medicamento, a fertilidade volta", afirma. Schuffner ressalta, entretanto, que apesar de todos os benefícios que os anticoncepcionais podem agregar, eles não protegem contra doenças sexualmente transmissíveis.

O médico destaca ainda que existem contra indicações para a pílula. O risco de doença cardiovascular, por exemplo, aumenta de acordo com a idade. Um dos componentes da pílula, o estrogênio, pode potencializar os efeitos colaterais do cigarro, provocando vasoconstrição e facilitando a formação de coágulos, que podem entupir artérias e veias. "Não é recomendado que mulheres fumantes tomem o medicamento após os 35 anos", explica Schuffner. (CV)

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