A gripe A matou em média quatro pessoas por dia no Paraná desde o primeiro óbito pela doença, ocorrido em 14 de julho. O boletim epidemiológico divulgado ontem pela Secretaria de Estado da Saúde trouxe 18 novas mortes confirmadas no estado e mostrou que apenas a região de Umuarama não registra óbito pela nova gripe. As demais 21 regionais de saúde tiveram mortes são 170 em todo o estado.
O Paraná continua com a maior mortalidade proporcionalmente à população. Segundo o balanço divulgado ontem pelo Ministério da Saúde, o estado tem uma taxa de 1,41 mortes a cada 100 mil habitantes. O Rio Grande do Sul está em segundo lugar, com índice de 0,90, seguido por São Paulo, com 0,54.
A boa notícia é que o Ministério da Saúde verificou redução no número absoluto de casos graves no Brasil, tendência que já havia sido observada entre os dias 9 e 15 de agosto. Porém, não é possível concluir que a redução seja definitiva, pois existem casos em investigação laboratorial, diz o órgão.
Gestantes
No Brasil, 58 gestantes morreram pela doença. A gravidez e a obesidade têm sido os principais fatores de risco que podem levar à morte pela nova gripe no Paraná. Entre os 3.073 casos confirmados laboratorialmente no estado, 178 eram gestantes (5,6% do total).
Por causa do risco, a orientação é que as gestantes se afastem do trabalho. Empregadores de Curitiba, região metropolitana e do litoral que não afastarem as gestantes por pelo menos 15 dias podem responder judicialmente.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) irá promover hoje uma audiência coletiva com 32 empresas denunciadas pelo descumprimento das recomendações. "Acho que nem todos os que estão descumprindo foram denunciados no MPT. Trinta e duas empresas é um número pequeno se comparado ao número de empresas de Curitiba, região metropolitana e litoral", afirma a procuradora Eliane Lucina. Os nomes das empresas não foram divulgados .
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Serviço
Denúncias ao MPT podem ser feitas pelo site www.prt9.mpt.gov.br ou diretamente na Av. Vicente Machado, 84 Centro, Curitiba.
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