Subiu para 460 o número de escolas ocupadas por estudantes que protestam, entre outras medidas, contra a proposta de mudanças no ensino médio, apresentada pelo governo federal. O movimento de ocupação chega a 12 dias e segue em ritmo acelerado, com mais de 20% dos colégios estaduais, em quase 100 cidades, tomados por alunos. Na segunda-feira (17), está previsto o início da greve dos professores, aprovada em assembleia da categoria no dia 12 e que cobra o cumprimento de um acordo para a reposição salarial fechado após a greve do ano passado.
De acordo com o presidente da União Estadual dos Estudantes Secundaristas (UPES), Matheus dos Santos, a mobilização segue sem incidentes. Ele comenta que ainda não há resposta sobre o convite feito pelo governador Beto Richa, na terça-feira (11), para que uma comissão se reunisse com o governo para discutir a situação. Santos informou que só depois de assembleias realizadas nas cidades é que decidirão se o convite será aceito. Richa chegou a dizer que os estudantes nem sabiam por quais motivos estavam protestando e que estavam sendo manipulados. Ele também assegurou que, apesar das mudanças propostas pelo governo federal, nenhuma disciplina seria retirada do currículo paranaense nem haveria ampliação para o regime integral.
A Secretaria de Estado da Educação (Seed) fez pedidos de reintegração de posse, que, até agora, têm sido negados pela Justiça. Na cúpula do governo estadual, o discurso é de tentar resolver a situação com diálogo. O Paraná tem 2,1 mil colégios estaduais, dos quais 1,5 mil com ensino médio regular. Além das escolas, três campus da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), em Toledo, Cascavel e Marechal Cândido Rondon, o campus de Laranjeiras do Sul da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e os campus de União da Vitória e Paranaguá da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) também participam do protesto.
A mobilização dos estudantes é centrada contra a Medida Provisória (MP) 746, que prevê alterações no ensino médio brasileiro, e propõe, entre outras mudanças, a transformação da jornada diária de quatro horas para sete horas e a flexibilização da escolha das disciplinas. Caso isso ocorra, as alterações seriam realizadas gradualmente, a partir do fim da discussão do currículo comum das escolas, prevista para acabar em 2018 ou 2019.
Dia dos professores
Na página Ocupa Paraná, que reúne informações sobre o movimento, os estudantes aproveitaram para fazer uma homenagem ao dia dos professores. “Quem não entende nossa luta diz que fomos manipulados por vocês, mas na verdade fomos lapidados, ensinados, educados e por muitas vezes vocês foram mais que professores, foram nossos amigos, ouviram nossos problemas e dividiram um pouco do mundo com a gente! Somos e seremos sempre gratos! A luta é nossa, mas também é por vocês”, diz o texto publicado.
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