As roupas estão nos varais que ficaram de pé, os carros nas garagens, os móveis dentro da casa. A vida no Morro do Baú, localidade rural de Ilhota, em Santa Catarina, parou na noite de domingo, dia 23. Depois disso, o que se viu foi dor, fuga e destruição, quando os deslizamentos de terra e as cheias do rio atingiram as casas. Trinta e sete pessoas morreram no local e cerca de 700 tiveram de ser resgatadas por helicóptero. São centenas de histórias, vivenciadas por moradores que hoje dormem em colchões nas escolas, vestem roupas doadas e não sabem para onde ir. As histórias têm nome e endereço. A reportagem da Gazeta do Povo percorreu os abrigos de Ilhota atrás delas. Um dia antes, o repórter fotográfico Rodolfo Bührer havia registrado com exclusividade, a bordo de um helicóptero da Aeronáutica, a destruição que a chuva causou no Alto Baú, região de risco máximo. Mas a imagem da destruição não dizia tudo. Escondia o heroísmo que ficou nos escombros e a esperança da reconstrução, que são relatados em cada foto ao lado.
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