A pesquisadora Irene Rizzini, professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e diretora do Centro Internacional de Estudos e Pesquisas sobre a Infância (Ciespi), afirma que a aprovação da súmula 358 levanta um debate importante para a sociedade. "O que fazer com os jovens? Esta é a discussão que está em jogo", diz ela.
Mais importante do que o apoio do Estado, diz a pesquisadora, é o fortalecimento dos laços familiares."É primordial que se invista em criar condições dignas para que eles (jovens) vivam com as famílias", diz. Segundo Irene, há casos em que as crianças têm de ser retiradas do convívio em suas casas por causa da violência, mas devem ser encaminhadas para famílias substitutas. "A família é vital. O abrigo deve ser a última solução e sempre passageira. Devemos brigar por políticas de saúde, habitação, educação e trabalho."
A professora e pesquisadora da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Araci Asinelli afirma que o adolescente que recém completou a maioridade precisa de apoio para superar os desafios da passagem para a vida adulta. "Isso vale especialmente para jovem que mora nos abrigos e que tem, muitas vezes, grande parte de seus vínculos afetivos com a família fragilizados", diz. Quando é obrigado a deixar o abrigo, o adolescente enfrenta uma nova sensação de abandono. "Isto gera uma angústia e uma ansiedade muito grande. Eles ficam fragilizados e começam a ter atitudes para chamar a atenção e dizer olha, estou aqui, eu ainda preciso de vocês." (PC)
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