O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, repudiou os métodos do governo americano para buscar o retorno aos Estados Unidos do filho do cidadão norte-americano David Goldman e da brasileira Bruna Bianchi Carneiro Ribeiro, já falecida. Em nota divulgada neste domingo (15), a entidade afirma que a postura do governo e da mídia dos Estados Unidos desrespeita a soberania do Brasil.
Para a OAB, a pressão para que o caso passe a ser julgado nos tribunais norte-americanos desrespeita a capacidade de decisão da Justiça brasileira. Tanto a pressão do governo norte-americano quanto a da mídia daquele país em relação ao assunto partem do pressuposto de que o Judiciário brasileiro não cumpre adequadamente suas funções, afirmou o comunicado.
De acordo com o texto, a entidade não está tomando partido de nenhum dos lados. A crítica é em relação postura do governo norte-americano. O Conselho Federal da OAB, sem entrar no mérito da causa se é ou não legítima a pretensão do pai da criança em reaver sua guarda, repudia e considera ilegítimos tais procedimentos, por entendê-los ofensivos e atentatórios soberania do Estado brasileiro, destacou a nota.
Ao reafirmar a independência do Poder Judiciário no Brasil, o comunicado ressaltou que nenhuma decisão judicial pode sofrer interferência de outros órgãos.
O Estado Democrático de Direito, regime praticado pelo Brasil e pelos Estados Unidos, prima pela independência do Poder Judiciário, não admitindo, pois, qualquer tipo de ingerência sobre suas decisões, sob pena de comprometer a própria soberania nacional. No caso presente, ressalte-se que está sendo observado o devido processo legal, com amplo direito de defesa s partes envolvidas, concluiu a entidade.
Tramitando atualmente na 16ª Vara da Justiça Federal, no Rio de Janeiro, o caso virou assunto diplomático entre o Brasil e os Estados Unidos. No encontro neste sábado (14) na Casa Branca, o presidente norte-americano, Barack Obama, agradeceu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a transferência do julgamento para a esfera federal.
David Goldman e o padrasto brasileiro, o advogado João Paulo Lins e Silva, brigam na Justiça pela guarda do garoto de oito anos de idade. Mãe dele e ex-esposa de Goldman, Bruna Bianchi veio com o filho visitar os pais no Brasil em 2004 e não retornou aos Estados Unidos. No ano passado, ela morreu durante o parto da primeira filha com João Paulo.
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