O projeto do novo pavilhão deverá custar R$ 12,5 milhões, segundo o Ippuc. Mas a prefeitura não pretende gastar nada. Até março do ano que vem, o município deve lançar uma licitação para escolher a empresa que terá direito de exploração comercial do lugar por 15 anos (prorrogáveis por mais cinco). Em troca do direito de exploração comercial do espaço, a vencedora terá de executar as obras de revitalização do pavilhão, de acordo com as determinações do município, além de pagar um aluguel mensal à prefeitura. Hoje, o espaço é administrado pela Urbs.
A empresa que ganhar a licitação terá dois anos para entregar as obras. Por isso, ganha uma carência de seis meses do aluguel. E, durante mais dois anos e um mês, pagará metade do preço da locação. Nesse intervalo, já poderá sublocar o espaço para exposições.
A concessão também prevê que a prefeitura use o centro de exposição 20 dias por ano. Nesses termos, o contrato será muito mais vantajoso do que o anterior, firmado na gestão do ex-prefeito Saul Raiz (1975). O aluguel mensal será de aproximadamente R$ 80 mil. Pelo contrato antigo, era simbólico: dois salários mínimos por mês.
O presidente do Ippuc, Luís Henrique Fragomeni, diz que, embora o valor seja irrisório hoje, a empresa concessionária (a Diretriz) na década de 70 bancou todos os custos de construção do pavilhão. A diretora de desenvolvimento do Ippuc, Célia Regina Bim, lembra ainda que se tratava de um negócio de risco. Na época, o Barigüi era afastado da cidade.