Para o ministro Paulo Bernardo, é possível Curitiba sediar a Copa sem o metrô. Existem outras obras na cidade que merecem prioridade para o Mundial. Confira alguns trechos da entrevista concedida à Gazeta do Povo ontem.
Por que o governo não pretende incluir o metrô no PAC da Copa?
Na verdade, nós temos uma visão de que é muito pouco provável que se construa o metrô até a Copa. Nós não achamos que uma coisa esteja necessariamente conectada à outra. É muito possível fazer a Copa sem fazer metrô. Portanto, condicionar uma coisa à outra pode ser um erro nosso. Nós achamos que é razoável discutir o metrô com Curitiba e, eventualmente, buscar uma forma de liberar financiamento, mas nós gostaríamos de fazer isso de uma forma dissociada da Copa.
Existe outra maneira de trazer recursos federais para o metrô de Curitiba?
Nós já estamos preparando uma carteira de investimentos que o presidente Lula encomendou. Pretendemos fechar até março; seriam os grandes investimentos dos próximos anos. O metrô se serve disso. Vai começar, digamos, no fim do ano que vem, para tocar nos próximos anos. Portanto, nós achamos mais viável colocar nesta carteira, que estão chamando de "PAC 2". Não vamos fazer isso condicionando ao término da obra antes da Copa para não frustrar essa expectativa. Parece-me que esta é a melhor alternativa.
O valor continuaria nos R$ 2 bilhões já divulgados, ou R$ 1,2 bilhão para o trecho Sul?
Nós não temos ainda o estudo de viabilidade do metrô. A última informação que a gente tem é que está programado para sair em março de 2010. Os valores que nós temos hoje não são valores certos ainda, já que não há o estudo completo. Se vamos ter o estudo de viabilidade em março de 2010, me parece que seria mais sensato tomar essa decisão nesta época.
Se o metrô ficará de fora, que outras obras em Curitiba seriam contempladas pelo PAC da Copa?
Foi apresentada inicialmente uma série de projetos pela prefeitura e pelo governo do estado. O principal, que para mim deve ser obrigatoriamente feito, é aquele corredor da Avenida das Torres. Hoje, você efetivamente empaca ali no fim da tarde ou de manhãzinha. Acho que deveria entrar nesse rol. Nós estamos pensando em fazer investimentos no aeroporto. Achamos que a Avenida das Torres tem de ser objeto de um investimento grande para resolver e melhorar o trânsito. Precisamos revolver o problema do estádio porque, aparentemente, o clube não está com disposição de fazer investimentos ou de assumir investimento financiado. (JO)
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