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Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Curitiba – A construtora espanhola OHL Brasil, que levou cinco dos sete lotes de rodovias federais ontem em leilão na Bolsa de Valores de São Paulo, opera desde 1998 como concessionária em outras outras quatro rodovias brasileiras, todas no interior de São Paulo. Para explorar os cinco lotes por 25 anos, a empresa se comprometeu a investir cerca de R$ 9,6 bilhões em melhorias nos trechos que arrematou.

A empresa conquistou os lotes no leilão após oferecer o menor preço por praça de pedágio. No caso das rodovias paranaense, todas arrematadas pela empresa, o valor de tarifa mais cara é o que corresponde ao lote 2, que vai de Curitiba até a divisa de Santa Catarina com Rio Grande do Sul. Nesse trecho, o valor da tarifa será de R$ 2,54 por praça, num total de cinco pontos de pedágio.

O trecho também é o de menor deságio. A empresa ofereceu um preço 39,35% menor que o teto máximo estabelecido pela União. O valor se explica. Essa é a umas das rodovias paranaenses leiloadas em estado mais crítico. A via tem pistas simples e terá que ser duplicada.

As praças de pedagio da empresa passaram por diversas cidades paranaenses, o que poderá influenciar a economia desses município. Rio Negro, Mandirituba e São José dos Pinhais são alguns dos pontos que terão praças de pedágio.

A OHL Brasil, destaque do leilão, é a segunda maior companhia do setor de concessões de rodovias no Brasil em receita bruta de serviços e em quilômetros administrados, com 1.147 km em operação.

O presidente da empresa, José Carlos Ferreira de Oliveira, justificou o interesse no leilão dizendo acreditar em crescimento continuado no Brasil nos próximos anos.

"Como as condições do país melhoraram, nós acreditamos na evolução do PIB e conseqüentemente numa evolução no tráfego, então nós vamos ter um retorno que cremos suficiente para os nossos acionistas", disse ele.

Segundo Oliveira, o valor oferecido no leilão dos trechos da Fernão Dias e da Régis Bittencourt "é decorrente dos estudos de tráfego, de juros, da capacidade de financiamento que cada um tem".

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