Gripe A confunde pais de alunos

A gripe suína está dando um nó na cabeça dos pais. Enquanto o número de escolas que resolveram fechar as portas temporariamente só em Curitiba já passa de 20, atingindo aproximadamente 31 mil alunos da rede particular, outras permanecem abertas e com aulas normais. Ao mesmo tempo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) se posicionou favoravelmente à suspensão das aulas como medida cautelar em locais em que a gripe A (H1N1) não esteja instalada. Já o Ministério da Saúde jogou a responsabilidade da decisão para cada localidade no país. E a Se­­cretaria de Estado de Saúde (Sesa) disse não ser necessária a medida no Paraná, pelo menos por enquanto.

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Lacen entrega 450 exames nesta quinta-feira

O Laboratório Central do Estado (Lacen) precisará de 10 a 15 dias para dar vazão à demanda atual de 1.250 exames de gripe A (H1N1) de todo o Paraná. Só depois disso passará a fornecer resultados em dois dias, com prioridade para os casos mais graves. A previsão é do diretor do Lacen, Marcelo Pilonetto, que anunciou ontem que 450 exames ficam prontos até amanhã. Para dar conta da demanda, técnicos do Lacen estão trabalhando em três turnos.

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Genebra - A Organização Mundial da Saú­de (OMS) admite que o fechamento de escolas e adiamento de eventos públicos pode ser útil para retardar a disseminação do vírus A (H1N1). Porém, a entidade alerta que, se a gripe já estiver instalada na localidade, os efeitos do fechamento de escolas e do adiamento de shows e eventos são limitados. Na Europa, redes públicas de TV já começam a preparar programas de ensino caso as escolas tenham de fechar suas portas por um longo período.

No Reino Unido, o governo prevê o uso da internet se as escolas tiverem de ser fechadas. Na Espa­nha, o governo anunciou ontem que os professores estarão entre os primeiros a serem vacinados.

A OMS apoia, por exemplo, a decisão de governos árabes de recomendar que mulheres grávidas, crianças e idosos evitem fazer a peregrinação anual a Meca, em dezembro. Para a OMS, se há como adiar shows e outros grandes eventos públicos, essas opções devem ser consideradas. "Quando uma pandemia está se expandindo, o adiamento de eventos sociais de massa pode ajudar a controlar a situação", disse Aphaluck Bhatiasevi, assessora de imprensa da OMS.

Sem coordenação

A pandemia de gripe suína revela que ainda não existe uma coordenação internacional para lidar com problemas globais de saúde. Pressionada politicamente e refém de interesses comerciais, a OMS não conta com uma estratégia de vacinação nem de distribuição de antivirais. Além disso, não conseguiu contabilizar os casos de gripe a contento.

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Na última segunda-feira, a OMS decidiu publicar novos números de casos da gripe. Seriam 134,5 mil em todo o mundo, com 816 mortes. Mas esses números são de 22 de julho e foram divulgados apenas cinco dias depois. E o próprio comunicado deixa claro que os números não representam a realidade. Só no Reino Unido seriam mais de 100 mil casos, contra 1 milhão nos Estados Unidos.

Outra confusão se refere aos números de vítimas. A princípio, a OMS pediu que os governos reportassem os casos da gripe à entidade. Semanas depois, pediu aos países que não enviassem todos os dados, pois não conseguia processá-los. Mas nesta semana a OMS voltou a publicar dados, agora regionais.

A entidade também não consegue montar uma estratégia de vacinação. Originalmente, a diretora da OMS, Margaret Chan, afirmou que a vacina teria de começar a ser produzida assim que decretada a pandemia. Quando isso ocorreu, Chan mudou de ideia porque as empresas deveriam concluir a produção de vacinas sazonais.

A OMS convocou então farmacêuticas de todo o mundo para que fosse montada uma estratégia de vacinação e de distribuição de antivirais. Três meses depois, não há uma estratégia. "Não temos ainda uma política para isso, vamos explorar todas as opções", afirmou o porta-voz Gregory Hartl.

Copa

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Ontem, a Fifa e a OMS confirmaram que estão em conversações para montar um plano que garanta a segurança de torcedores que devem ir até a África do Sul para a Copa do Mundo de 2010. Os sul-africanos esperam cerca de 450 mil turistas estrangeiros.