A onça Angelina, do Zoológico de Curitiba, passou por um procedimento cirúrgico para correção de uma fratura em seu calcanhar direito nesta quinta-feira (18). O animal, uma das quatro onças pintadas do zoo, havia se machucado no fim do ano passado, e teve que passar pela cirurgia para corrigir a lesão. Para acelerar o seu processo de recuperação, o felino receberá ainda um tratamento complementar com células-tronco.
Galeria: veja imagens da cirurgia da onça Angelina
Com 5 anos e aproximadamente 55 kg, Angelina é um animal muito agitado: ela possui sequelas de uma antiga lesão neurológica, que afetam seu comportamento. Essa agitação acabou causando o último machucado: Angelina foi dar um pulo e caiu de mau jeito.
A princípio, os funcionários do zoo trataram o ferimento como uma distensão muscular, e o felino chegou a responder bem ao tratamento. Apenas depois de alguns meses é que se verificou uma regressão no quadro do animal, que passou por tomografia há algumas semanas para constatar a fratura.
Para a cirurgia, Angelina chegou às 9h15 ao Hospital Veterinário Santa Mônica, em Curitiba, onde o procedimento foi realizado. Apesar de ser uma cirurgia invasiva, pois como o ferimento é antigo houve degeneração da articulação, não há grandes riscos. Foram necessários a colocação de placa e parafusos de titânio.
De acordo com o cirurgião responsável pela operação, Filipe Curti, a principal preocupação da equipe é com o pós-operatório, já que há dificuldade em manter um animal deste porte em repouso. “Na área de ortopedia, 30% do problema é resolvido com cirurgia e 70% é resolvido com descanso da região afetada, por isso a preocupação”, explica.
Para acelerar a recuperação de Angelina, será realizado um tratamento complementar com células-tronco, oferecido pela empresa de biotecnologia veterinária Regenera. Este recurso promete aumentar em mais de 50% a velocidade da regeneração dos tecidos da onça, segundo Curti. Por se tratar de uma terapia ainda não estudada em onças-pintadas, o resultado não é exato.
No Zoo
Manoel Javorouski, chefe do setor de clínica veterinária do Zoo de Curitiba, conta que não há problemas em transportar Angelina para fora do zoo, já que o animal está acostumado a entrar em sua caixa de transporte. “A Angelina já foi transferida algumas vezes, então não houve a necessidade de uma contenção química prévia. Ela também pernoitou na caixa para não ficar estressada por ser manipulada antes da cirurgia”, explica Javorouski. A equipe do zoológico também contou com o auxílio, da Secretaria Municipal de Trânsito (Setran), que abriu caminho nas ruas de Curitiba para acelerar a transferência do animal até o hospital.
Após a cirurgia e com a liberação do anestesista, Angelina já poderá retornar ao zoológico. Lá, ficará confinada em local pequeno por aproximadamente três dias, para evitar movimentação e não pôr a perder a cirurgia. Não existe prazo previsto para a melhora integral da onça, porque depende muito do comportamento do animal posteriormente.Por sua condição clínica neurológica, Angelina permanece normalmente em isolamento no zoo.
O procedimento foi inteiramente doado pelo Hospital Santa Mônica, pelo laboratório Zoetis e pela empresa Regenera.
*Com colaboração de Cecília Tümler
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