"O problema de violência é mais sério que a ausência da polícia. É uma epidemia que vai contaminando as pessoas". A afirmação é do coordenador do projeto Viva Comunidade, ligado à ONG Viva Rio, Tião dos Santos. O especialista defende um conjunto de ações integradas em várias frentes para diminuir a violência: polícia, desarmamento, gestão integrada, ação da comunidade e ocupação do espaço pelo Estado.
Primeiramente, diz Santos, é preciso se pensar na formação de uma polícia cidadã, que respeite os direitos humanos e que seja valorizada. É necessário também incentivar o desarmamento da população. "Num briga, confusão, em um bar ou em casa, as pessoas se agridem, mas não se matam. Se tiver uma arma, vão se matar", explica.
Em terceiro lugar, é preciso que a sociedade civil se envolva. "É preciso que a população mostre a sua indignação, com protestos, abaixos-assinados, etc", ensina. Outra boa ideia é a formação de gabinetes de gestão integrada, com agentes de segurança pública e comunidade.
Outra ação importante, avalia Santos, é investir na polícia comunitária. No Rio de Janeiro, explica o especialista, num primeiro momento, o trabalho da polícia comunitária não surtiu efeito. A partir do momento que passou a trabalhar em conjunto com o batalhão de choque (Bope) a situação mudou. A tática lá, diz ele, é o Bope entrar na favela e retirar os chefões do tráfico. Em seguida, o local passa a ser ocupado prontamente pela polícia comunitária. (TC)
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