Brasília – A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) disse ontem que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) sai "fortalecido" depois da Operação Navalha que desmontou um esquema de fraudes em licitações de obras do governo – algumas previstas no programa.

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Segundo a ministra, o PAC "não pratica corrupção" e não teve "estragos diretos" uma vez que as obras ainda não foram licitadas. "A descoberta dessa máfia é muito importante porque ela vai ajudar o PAC. O que estava em vias de acontecer é ela tentar utilizar as licitações do PAC para fins indevidos", disse.

Fim da impunidade

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Para Dilma, a Operação Navalha colabora para o "fim da impunidade" no país ao criar "um ambiente muito mais preservado" para a realização de licitações pelo governo. "Cria um cuidado maior e cria um temor de todos aqueles que possam querer utilizar licitações públicas para fins indevidos", afirmou.

Sem citar diretamente governos anteriores ao do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma disse que as fraudes nas licitações foram a "descoberta de um esquema que tinha ocorrido em um momento anterior" – uma vez que funcionários que trabalhavam há "10, 20, 30 anos no governo" tiveram participação nas fraudes.

"É de fato levantar o tapete e tirar debaixo do tapete todas as irregularidades", disse. Apesar das críticas aos fraudadores, a ministra afirmou que todos os presos terão garantidos o direito de defesa sem julgamentos prévios antes do fim do inquérito da PF.

Dilma disse não temer retaliações ao PAC no Congresso Nacional diante das irregularidades encontradas pela PF em futuras licitações de obras do programa. "Não vejo o Congresso Nacional com nenhuma responsabilidade em relação a isso. A fiscalização da corrupção não pode ser tratada de forma escandalosa", afirmou a ministra.

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