| Foto: Divulgação/

A Polícia Civil do Rio de Janeiro, por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), deflagrou operação nesta quarta-feira (16) para combater crimes de racismo praticados contra as atrizes Taís Araújo,Chris Vianna, Sheron Menezzes e a jornalista Maria Júlia Coutinho.Os trabalhos foram realizados no Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Bahia. Ao todo, foram cumpridos onze mandados de busca e apreensão e cinco homens foram presos acusados de integrar o grupo que publicou ofensas.

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Uma quinta prisão foi a de um homem que tinha em seu computador imagens pornográficas de crianças com idades entre um e cinco anos.No Paraná, foram cumpridos um mandado de prisão e um mandado de busca e apreensão.

De acordo com o delegado Alessandro Thiers, titular da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática, a intenção do grupo era chamar atenção e, para isso, escolhia pessoas públicas. Os integrantes do grupo, então, passavam a fazer uma série de postagens contra essas pessoas.

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Ainda segundo Thiers, havia uma espécie de “código de conduta” e os que não participassem poderiam ser punidos.

Paraná

De acordo com informações da Polícia Civil do Paraná, o mandado de prisão foi expedido pela Justiça do Paraná contra G.S., 21 anos, pelos crimes de associação criminosa, racismo e injúria racial.

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É crime

Injúria racial é crime previsto no Código Penal (artigo 140). É caracterizada quando o preconceito é direcionado a determinada pessoa e a punição pode variar de um a três anos de reclusão, além de multa. Já o racismo é crime grave, inafiançável e imprescritível, e acontece quando todo um grupo é inferiorizado e ofendido. A pena para casos de racismo pode chegar a cinco anos de detenção.

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O acusado, no entanto, já se encontra preso na Casa de Custódia de Piraquara desde 2015, acusado de pedofilia. A prisão foi resultado de investigação feita pelo Núcleo de Cibercrimes paranaense, que encontrou material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes na casa de G.S. Agora, ele deve responder pelos dois crimes, mas segue detido em Piraquara.

O mandado de busca e apreensão, esse expedido pela Justiça carioca, foi cumprido em uma residência em São José dos Pinhais e, conforme a polícia, nada foi encontrado local.

Investigações

Durante as investigações, a Polícia Civil do RJ descobriu que as ofensas dirigidas à atriz foram premeditadas pelo grupo, criado para praticar ataques de cunho racista em perfis de redes de relacionamento, páginas e contatos do aplicativo Whatsapp.

O grupo incitava o cometimento das atividades ilícitas de discriminação racial por meio da criação de grupos secretos e temporários e ainda chegava a ensinar maneiras de mascarar a conexão com o objetivo de dificultar o rastreamento, visando a impunidade por tais crimes.

Racismo no Facebook

Taís Araújo foi alvo de comentários racistas no Facebook em outubro de 2015. A foto que recebeu comentários preconceituosos havia sido postada quase um mês antes dos ataques. Em novembro, a atriz prestou depoimento na sede da DRCI. Depois disso, a Polícia Civil passou a investigar o caso.

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