A falta de dinheiro em caixa do governo do Paraná obrigou a Casa Militar a manter medidas de contenção para a Operação Verão 2016-2017, que será oficialmente lançada nesta quinta-feira (22) no Litoral do estado. Este ano, a operação terá vinte dias a mais de duração, mas o contingente de policiais militares e bombeiros que vão descer a serra é o mesmo da temporada passada – quando houve uma redução na quantidade de agentes –, com 1.465 profissionais. Para driblar o dinheiro curto foi necessário cortar o excesso de pessoal vinculado à logística e à administração da operação.
O coronel Adilson Castilho Casitas, secretário-chefe da Casa Militar e coordenador da operação, garantiu que essas alterações não vão afetar o trabalho de segurança que será realizado no Litoral. “Reduzimos o contingente administrativo. Com tranquilidade, [reduzimos] em torno de cem policiais que não fariam falta na atividade efetiva de policiamento ostensivo”, explicou o coronel.
Além disso, o governo também decidiu usar o mesmo critério do ano passado para o pagamento de diárias. Entre 2014 e 2015, o estado pagava R$ 180 para cada servidor dividir entre estadia (70%, o equivalente R$ 126) e alimentação (30%, R$ 54). Na temporada passada, a contratação da hospedagem começou a ser feita diretamente pelo estado e os servidores receberam R$ 70 de alimentação.
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Leia a matéria completaDesta vez, os policiais receberão R$ 72 para dividir entre as três principais refeições do dia, e a contratação de hospedagem continua não sendo responsabilidade deles. Com a nova política, o governo prevê uma economia de R$ 40 por pessoa.
Pagamento garantido
As reclamações feitas no início de 2015 por bombeiros e policiais militares que foram afetados por um atraso no pagamento das diárias não devem voltar a se repetir. Segundo o coordenador da operação, o ressarcimento dos servidores já tem data prevista para ser realizado e deve ocorrer até o dia 30 de janeiro. “Já estão alimentando o sistema para que todos os policiais militares e bombeiros militares recebam seu devido valor”, ressaltou.
Todos os trabalhos da Operação Verão, incluindo segurança e serviços como os desenvolvidos pela Copel, Sanepar, Secretaria de Estado da Saúde, entre outros, custarão em torno R$ 27,5 milhões aos cofres públicos.
O valor engloba ainda a locação de 50 carros novos que vão reforçar a segurança no Litoral. Casitas disse que locação foi estabelecida para que não fosse necessário retirar carros das unidades policiais do interior e da capital, o que vinha gerando descontentamento nas edições anteriores.
Para esta temporada, que termina no dia 5 de março, está prevista a atuação de 1.465 policiais militares, 969 bombeiros e 194 de policiais civis, científicos e do Instituto de Criminalística.
Saúde
Os municípios que integram a 1ª Regional de Saúde, em Paranaguá, receberão verba extra de R$ 4,3 milhões para a temporada. O dinheiro, conforme o governo do estado, é voltado para as áreas de vigilância e assistência em saúde em Antonina, Guaraqueçaba, Guaratuba, Matinhos, Morretes, Pontal do Paraná e Paranaguá. Os recursos são da Operação Verão Paraná. Serão 5.445 plantões extras nos principais hospitais e prontos-socorros da região, que terão quadro de profissionais ampliado ao longo da temporada.
A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) informou que vai oferecer, a partir desta quinta-feira, orientações de saúde aos veranistas. Uma tenda será montada em Matinhos, na Avenida Atlântica. O serviço funcionará até o final de fevereiro. A partir de 5 de janeiro, o atendimento será estendido, com barracas também em Guaratuba e Pontal do Paraná.
Além de orientações diversas e materiais educativos, também serão oferecidos testes rápidos para detecção do vírus HIV, Hepatite B e C e sífilis. As tendas contam com o primeiro atendimento para queimadura por águas-vivas.
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