O alto índice de acidentes com crianças levou cinco organizações a iniciarem uma campanha para proibir a venda de álcool líquido com graduação de 92,8° o de maior risco no mercado, com 92,8% de etanol na composição. A meta é atingir 100 mil assinaturas contra a comercialização, que serão encaminhadas para a Câmara dos Deputados. O objetivo é acelerar a avaliação de projeto de lei que proíba a comercialização de álcool líquido acima de 46°.
Foram colhidas 10 mil assinaturas em duas camisetas gigantes. As peças devem ser enviadas para o novo presidente da Câmara, a ser eleito em fevereiro. De acordo com a coordenadora institucional da associação de defesa do consumidor Pro Teste, Maria Inês Dolci, além da mobilização das entidades, a campanha está percorrendo escolas. Em dezembro, foi encaminhado um documento ao Tribunal Regional Federal de Brasília, pedindo sensibilidade para avaliar o problema e cassar a liminar que libera a comercialização do álcool 92,8°desde agosto de 2002. "Pouquíssimos países ainda têm um álcool com porcentual tão alto como o nosso. Precisamos sensibilizar as pessoas sobre os perigos desse produto", diz Maria Inês.
A campanha também está na internet. Os interessados em colaborar podem entrar no site http://www.petitiononline.com/alcool46/petition.html e deixar uma assinatura virtual. "Precisamos fazer alguma coisa em caráter de urgência, não precisamos que outras crianças morram. O custo é muito alto, tanto social como economicamente", alerta a coordenadora regional da ONG Criança Segura, Alessandra Françóia. (TB)
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