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Imagens de câmeras de segurança mostram suposto grupo de skinheads que teria assassinado um jovem de 18 anos no bairro São Francisco | Felippe Aníbal/ Gazeta do Povo
Imagens de câmeras de segurança mostram suposto grupo de skinheads que teria assassinado um jovem de 18 anos no bairro São Francisco| Foto: Felippe Aníbal/ Gazeta do Povo
  • Gabriel Cata Preta confirmou que estava com agressores, mas negou que tenha esfaqueado a vítima

Gabriel de Oliveira Cata Preta, de 18 anos, acusado de integrar um grupo de skinheads que atacou e matou o jovem b>Lucas Augusto de Carvalho, se apresentou à polícia, nesta quinta-feira (30). Entretanto, beneficiado pela lei eleitoral – que não permite prisões sem flagrante – o rapaz foi liberado. "Ele prestou depoimento e foi indiciado, mas não pudemos mantê-lo preso", disse o delegado Vinícius Martins, da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR).

A Justiça expediu o mandado de prisão temporária de Cata Preta, que deve ser detido depois das eleições. De acordo com a polícia, em depoimento, o rapaz reconheceu que estava com o grupo que perseguiu e matou Carvalho, mas negou que tenha desferido facadas contra a vítima. "O acusado disse que não é skinhead e se classificou como sendo de ‘extrema direita’", contou o delegado.

Segundo a polícia, depois do assassinato de Carvalho, o Cata Preta fugiu para São Paulo, onde teria permanecido na casa do pai. A apresentação do suposto skinhead à polícia foi negociada entre o delegado, a mãe e o advogado do rapaz.

O acusado havia sido reconhecido pela própria mãe em imagens captadas por câmeras de segurança do Shopping Müller, onde o grupo de skinheads se reuniu, instantes antes de cometer o crime.

Outro acusado permanece preso

Também apontado como integrante do grupo de skinheads, Fernando Santana, de 28 anos, se apresentou à polícia na terça-feira (28) e permanece detido na carceragem da DFR. Em depoimento, ele disse à polícia que não esfaqueou Carvalho e apontou três comparsas que teriam dado os golpes na vítima.

Santana também havia sido reconhecido por um menor que estava com Carvalho no instante do crime. O acusado já tem passagens pela polícia por tráfico de drogas e, segundo as investigações, mantinha imagens alusivas aos skinheads em seu computador.

Nova apresentação

Na sexta-feira (1º), Carlos Rodrigo Túlio Saraiva, de 27 anos, também deve se apresentar à DFR. O acusado chegou a ser detido ao longo das investigações, mas foi liberado porque o pedido de prisão dele ainda não havia sido expedido pela Justiça. "O inquérito está bem instrumentado e, com a apresentação de Saraiva, poderemos reunir mais informações", disse Martins.

Crime

Lucas Carvalho e outros cinco amigos haviam ido ao Shopping Muller no dia 5 de setembro. Por volta das 19h15, o grupo deixou o local, quando passou a ser perseguido por pelo menos dez homens, supostamente skinheads. Eles correram por quatro quadras, até Rua Inácio Lustosa, no São Francisco, quando se separaram.

Carvalho e outro amigo fugiram em direção ao Cemitério Municipal, onde cada um foi para um lado. Os perseguidores alcançaram Carvalho, que foi atingido por cinco facadas – quatro no abdome e uma na perna. Os agressores fugiram, levando a carteira e o celular da vítima. Carvalho morreu no hospital.

Segundo as autoridades, Lucas Carvalho foi assassinado depois de ter sido confundido com um punk que, há cerca de dois meses, atacou um grupo de skinheads.

A polícia trabalha para identificar outros possíveis integrantes do grupo responsabilizado pelo assassinato. Quem tiver qualquer informação sobre o caso pode ligar para os números 181 e (41) 3218-6100.

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