Licitação pode sair no primeiro semestre

A licitação das linhas metropolitanas, o Lote 4 da Rede Integrada de Transporte, pode ser lançada ainda no primeiro semestre de 2015, de acordo com o presidente da Comec, Omar Akel. Ele explica que a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe/USP) foi contratada para fazer a modelagem do edital de licitação e já mandou uma primeira proposta do material. "Nós estamos analisando e a intenção é, até o final do primeiro trimestre desse ano, definirmos todos os parâmetros para podermos realizar as consultas populares e no primeiro semestre ainda termos as linhas licitadas", diz. Akel diz que a Comec quer incluir uma visão mais adequada do sistema, levando em consideração, também, a pesquisa de origem e destino. Para ele, é importante que a integração do sistema seja mantida, já que o movimento pendular de Curitiba e região metropolitana é intenso e, assim como a capital é uma grande prestadora de serviços, a contrapartida das outras cidades também é grande.

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O pagamento da dívida de R$ 16,5 milhões que a Coordenação da Região Metropolitana (Comec) deve à Urbs, referente aos últimos três meses de subsídio de 2014, está atrelada a negociação de um novo convênio entre as partes. A informação foi dada pelo novo presidente do órgão estadual, Omar Akel, na manhã desta segunda-feira (26), por telefone. Questionado sobre atrelar o pagamento por um compromisso firmado ao estabelecimento de um novo convênio, Akel disse que não vê quebra de contrato.

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"A Comec não levantou em nenhum momento essa intenção de não pagar [a dívida]. A Comec quer ajustar a continuidade do convênio antes de fazer o termo de encerramento do anterior", diz Akel. Para ele, ao fazer um termo de encerramento do convênio que venceu em dezembro de 2014 é que seria possível determinar qual o montante deveria ser pago. "Faríamos todos os acertos, de quanto há de débito, já engatando uma solução para a frente. Se não, a gente cobre o pescoço e descobre o pé", afirma.

Para ele, a aposta é no diálogo e em reunião com a Prefeitura de Curitiba para definir novos parâmetros. A pesquisa de origem e destino, realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe/USP) para a Comec, é apontada como um instrumento de planejamento para esse novo acordo. "A Urbs questiona alguns aspectos da pesquisa, mas ela precisa ser analisada em toda a sua abrangência. É mais um instrumento de planejamento que de divisão de valores", diz.

Desde o fim do convênio, a Urbs deixou de pagar as empresas que operam as linhas metropolitanas integradas, por entender que essa responsabilidade passa a ser da real contratante, a Comec. Questionado sobre o pagamento a essas empresas Akel informou que está se reunindo com a Urbs para discutir isso, mas não há pagamento efetuado. "Temos de discutir, porque a venda do bilhete transporte continua sendo feita pela Urbs. Temos de definir como vai ser feito com a receita dessa bilhetagem metropolitana. Ela vai nos repassar? Como? Em que condições?", questiona. Para ele, um aditamento rápido, para permitir o repasse para as empresas, pode ser uma solução.

Há poucos dias no comando da Comec, Akel diz que é uma "pena" o sistema ter chegado a esse estágio. "A Rede Integrada de Transporte, que sempre foi vista como a melhor solução das cidades brasileiras para o transporte coletivo, tem apresentado nitidamente sinais de desarranjo. Não se pode tentar simplificar a análise do sistema como mera falta de dinheiro de uma parte dos recursos, que é insignificante para um sistema que transporta mais de dois milhões de passageiros por dia e tem arrecadação de mais de R$ 800 milhões por ano", avalia.