Foz do Iguaçu - O empreiteiro Luís Carlos Samudio, 43 anos, pai de Eliza, responde na Justiça a uma acusação de estupro praticado contra outra filha, na época com 10 anos de idade. O processo começou a tramitar em 2004 na 1.ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu. Samudio foi condenado a oito anos de prisão, mas está recorrendo da decisão no Tribunal de Justiça, em Curitiba. Por ser réu primário, ele aguarda o julgamento em liberdade.
Na ação, Samudio é acusado pela mãe da menina Rosane Pilger, ex-cunhada dele de ter abusado sexualmente da filha nos fins de semana em que ela dormiu na casa dele, durante três meses, a partir de 2003. As denúncias foram confirmadas pela garota hoje com 17 anos, casada e mãe de dois filhos. Exames de conjunção carnal constataram o abuso.
Guarda
Na última terça-feira, o empreiteiro recebeu da Justiça de Foz a guarda provisória do neto de 4 meses, filho de Eliza e, supostamente, do goleiro Bruno, do Flamengo. Desde ontem em Belo Horizonte, onde acompanha as investigações sobre a morte de Eliza, Samudio não fala sobre nenhum dos dois casos.
Por telefone, o advogado Sérgio Barros da Silva, defensor no processo de acusação de estupro, disse que a defesa inicial apresenta falhas técnicas e que, por isso, o empreiteiro teria sido condenado. "Entramos com um recurso para que essa situação seja revista. Mas, isso deve ser tratado em um segundo momento. A prioridade agora é encontrarmos a Eliza, viva ou morta", disse. Segundo ele, o assunto teria voltado à tona através des comentários feitos pela mãe de Eliza, Sônia Fátima Moura, que estaria tentando denegrir a imagem do ex-marido para obter a guarda definitiva do neto.