O médico Leandro Boldrini, pai do menino Bernardo, 11 anos, encontrado morto no último mês, irá entrar com um pedido de separação da mulher, também investigada sob suspeita de participação no crime.
O objetivo é reaver a guarda da filha do casal, hoje aos cuidados de uma tia.Segundo o advogado Jader Marques, responsável pela defesa de Boldrini, a decisão ocorreu após Graciele Ugolini admitir à polícia ter envolvimento na morte do garoto.
Marques diz que planeja entrar com um pedido de dissolução de união estável em nome de Boldrini até quarta-feira (7).
Além da separação, o pai de Bernardo também deverá abdicar da herança deixada ao garoto após a morte da ex-mulher, em 2010. Os bens deverão ser destinados à avó materna, Jussara Uglione.
Bernardo morava em Três Passos, no interior do RS, e desapareceu no dia 4 de abril. Dez dias depois, o corpo do garoto foi localizado numa cova rasa em um matagal em Frederico Westphalen (a 447 de Porto Alegre).
Leandro Boldrini, Graciele Ugolini e uma amiga do casal, a assistente social Edelvânia Wirganovicz, estão presos sob suspeita de envolvimento no crime.
Em depoimento na última semana, a madrasta afirmou à polícia que a morte ocorreu de forma "acidental". Ela disse ter dado remédios ao garoto, que estaria "agitado", para fazê-lo dormir. Em seguida, viu que o garoto não apresentava reações.
A defesa de Boldrini nega participação do crime e diz que o pai não tinha conhecimento do ocorrido. Já o advogado da assistente social, Demetryus Gapiglia, afirma que ela nega envolvimento, mas admite ter ajudado a ocultar o corpo.
Na semana passada, o resultado de uma perícia preliminar apontou a presença do sedativo Midazolam no corpo de Bernardo. A polícia ainda não sabe, porém, qual quantidade foi encontrada e se foi esta a causa da morte.
Segundo a Polícia Civil gaúcha, as investigações deverão ser concluídas até 13 de maio.
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