Quatro pintores que trabalhavam no zoológico municipal de Cascavel no dia 30 de junho, quando um tigre atacou um garoto de 11 anos que tentava alimentar o animal, prestaram depoimento à Polícia sobre o caso nesta quarta-feira (20). O delegado Denis Merino foi quem ouviu as testemunhas. Ele diz que os relatos reforçariam a tese de que Marcos Rocha, o pai de Vrajamny Rocha, não se opôs à brincadeira do filho com os felinos do zoológico.
Segundo o delegado, um dos pintores contou que chegou a registrar em imagens o momento em que o menino tratava do animal sendo observado pelo pai. "A testemunha disse que o pai havia sido alertado por outros visitantes", conta o delegado. A mesma testemunha contou que os guardas municipais que fazem a segurança no zoológico realizavam rondas no local, mas que o menino aproveitou o momento em que eles se afastaram para adentrar a área proibida e se aproximar do felino.
O delegado ainda vai ouvir a mãe e o menino por meio de carta precatória, já que eles residem em São Paulo. Ele aguarda ainda o resultado de exames periciais em vídeos para concluir o inquérito. O delegado anunciou que vai pedir à Justiça prorrogação do prazo para concluir as investigações e que pretende encaminhar o pedido na próxima semana. O prazo inicial para a conclusão do inquérito termina no dia 30 de agosto. Processo
Mônica Fernandes Santos, mãe de Vrajamany, usou o Facebook para agradecer as mensagens de apoio que recebeu e afirmou quem sem elas foram "cruciais para a evolução" do filho. Ela também esclareceu que o advogado paulista que está atuando no caso defende apenas o pai do menino, já que este é investigado pela polícia por permitir que Vrajamany alimentasse o tigre. Mas o advogado não representa a família. "Qualquer ideia de processar o zoo, prefeitura, etc. não condiz ou expressa nossa vontade", afirmou.
Segundo Mônica, no momento a família está reunindo forças para seguir o caminho. "A vida continua e nas palavras do meu filho Vrajamany Rocha, não devemos olhar para trás", escreveu.
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