O produtor rural Alcido Fick, pai de Arlan Fick Bremm, 17 anos, refém dos guerrilheiros do Exército do Povo Paraguaio (EPP), pediu nesta terça-feira, 4, ao senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que o Brasil ajude na solução do sequestro, que já dura sete meses na região de Concepción, interior do Paraguai.

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Fick se encontrou com Dias em Assunção, acompanhado pelo senador paraguaio Arnaldo Giuzzio, do Partido Democrático Progressista. "O Brasil deve acompanhar o caso como um estímulo às autoridades paraguaias, mas o Brasil não pode interferir em assuntos do país", disse o senador ao jornal O Estado de S. Paulo nesta quarta-feira, 5.

Dias contou que conversou com o pai do sequestrado a pedido de Fick, que é brasileiro. "Ele me procurou. Ele acredita que o vídeo (gravado no dia 18 de outubro) é um recado dos sequestradores", disse Dias. "Ele está muito receoso e me fez um apelo. Disse que o que interessa é a volta do filho vivo", explicou Dias.

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Segundo o senador, "o momento é de muita cautela para que não haja reação violenta dos sequestradores". O senador brasileiro disse ainda que o Brasil não deve interferir nos assuntos do país vizinho, mas pode acompanhar com cuidado a situação de Arlan, filho de um cidadão brasileiro, mas que é paraguaio.

Em entrevista à rádio Cardinal, de Assunção, na manhã desta quarta-feira, o ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Eladio Loizaga, disse que a solução do sequestro de Arlan é "um tema nosso, interno", e negou que tivesse havido manifestação do governo brasileiro ao governo paraguaio para mediação do caso.

O rapaz foi sequestrado pela guerrilha no dia 2 de abril. A família pagou um resgate, mas o EPP mantém Arlan em cativeiro. No último dia 18, a guerrilha gravou um vídeo no qual Arlan pede ajuda para o governo brasileiro garantir sua vida quando houver sua libertação pela guerrilha.

Segundo a texto lido por Arlan, a polícia uruguaia estaria querendo matá-lo por ter sido testemunha de um assassinato comedido por forças regulares paraguaias. "Peço a intervenção do governo brasileiro", diz Arlan no vídeo. O governo diz que o vídeo com a acusação é propaganda do EPP.

A guerrilha tem ainda em seu poder um policial, Edelio Morínigo, sequestrado no dia 5 de julho. E ameaça executar o refém caso Assunção não liberte seis presos condenados por crimes de sequestro e assassinato, todos integrantes do EPP. Na região de Concepción, tropas da Força Tarefa Conjunta, que reúne Exército e Polícia Nacional, mantêm grupos especiais de caça aos guerrilheiros.

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