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Maranhão

Pais perdem a guarda de menino vítima de ritual de magia negra

O delegado Oto Feques, da cidade de São Vicente Ferrer (MA), afirmou nesta segunda-feira (21) que o caso do menino Eliel de Araújo Campos, de dois anos, encontrado com sete agulhas no abdome, também pode envolver rituais de magia negra, a exemplo do que ocorreu com um garoto de mesma idade na Bahia, que teve cerca de 40 agulhas inseridas no corpo em situação parecida.

O menino foi internado no dia 10 de agosto pela mãe, Thamires de Araújo, de 20 anos, no hospital municipal de São Vicente Férrer com suspeita de fratura em uma clavícula e em cinco costelas. Porém, exames de raio X comprovaram que a fratura aconteceu oito dias antes e que havia sete agulhas no corpo da criança.

Apesar disso, nem a mãe, nem o pai, souberam explicar como as agulhas foram introduzidas no corpo do menino. Até agora, a criança foi submetida a duas cirurgias. Duas agulhas já foram retiradas e ele passa bem. Diante do caso, a juíza da comarca de São Vicente Férrer, Denise Pedrosa, retirou a guarda da criança dos pais biológicos e a repassou para a avó materna.

Investigação

Nesta segunda-feira, foi iniciada a fase de inquirição do procedimento investigatório do caso. Dois vizinhos do garoto foram intimados para depor e, nesta terça-feira (22), os pais biológicos de Eliel devem prestar depoimento ao delegado Oto Feques. "A própria mãe afirmou que o pai da criança tem envolvimento com rituais de magia negra. E esse tipo de manifestação religiosa é muito comum aqui na região. Por isso, essa é uma das principais linhas de investigação desse caso", afirmou o delegado.

Porém, mesmo admitindo que o marido participava de rituais de magia negra, a mãe especulou que a criança pudesse ter se automutilado com as agulhas. O pai, por sua vez, desconversou alegando que passava pouco tempo com a criança. "Na pior das hipóteses, vamos indiciar a mãe por negligência ou abandono de incapaz", alegou o delegado.

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