Palco de dois crimes recentes que chamaram a atenção dos curitibanos, o Juvevê registrou 69 casos de roubos no primeiro trimestre de 2016. Isso significa que ocorreu pelo menos um roubo a cada dois dias no bairro. De acordo com dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) a que a Gazeta do Povo teve acesso, isso significou um aumento 9,5% desse tipo de crime contra o patrimônio nos três primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período de 2015.
No vizinho Alto da Rua XV, o aumento no número de roubos foi bem mais significativo: 60,3%. Foram 101crimes dessa natureza no bairro entre janeiro e março deste ano. Localizado na mesma região, o Hugo Lange também registrou um crescimento de 60% no número de casos de roubo. Ao todo, foram 24 ocorrências.
Esse resultado coloca o Alto da XV e o Hugo Lange na lista dos dez bairros onde se registrou o maior aumento de casos de roubo no primeiro trimestre de 2016 em relação ao mesmo período do ano passado. O Parolin lidera essa lista, com um aumento de 73% dos casos de roubos – foram 78 casos registrados no primeiro trimestre.
Nas estatísticas onde os números constam, não está o assalto a lotérica na Avenida João Gualberto, que ocorreu no sábado passado (9) e resultou no assassinato do dono do local, o empresário Cícero Honório dos Reis. Os números também não incluem a tentativa de assalto a uma motorista, que ao fugir dos criminosos acabou atropelando dois estudantes– um de 16 e outro de 18 anos – e colidindo em outros veículos.
Os dois episódios marcaram o noticiário das últimas semanas e somados aos números oficiais reforçam a sensação de insegurança que tem tomado os curitibanos. Levantamento de maio do Instituto Paraná Pesquisas mostra que 75% dos moradores da capital afirmam se sentir menos seguros hoje do que há cinco anos e que 57% dizem acreditar que Curitiba não é uma cidade segura.
Em média, o número de roubos teve um aumento de 14% no primeiros trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. No total, foram 8.569 ocorrências. Nos últimos nove anos, o registro deste tipo de crime, caracterizado pelo uso de violência ou de grave ameaça, mais do que dobrou, crescendo 129%.