Infectologistas afirmam que não há motivo para pânico porque a taxa de mortalidade do vírus H1N1 é semelhante a da gripe comum. A população, no entanto, deve ficar em alerta porque ainda não há vacina para a doença. A epidemiologista do Hospital de Clínicas Marta Fragoso afirma que a atitude correta é se manter informado e seguir as recomendações do Ministério da Saúde.
A pesquisa feita pela Paraná Pesquisas mostra que 81% dos entrevistados conhecem os sintomas da nova gripe e 83% saberiam o que fazer em caso de contaminação. "Isso significa que a informação chegou à população. Não teremos resultados dramáticos como a gripe espanhola, no início do século passado, por exemplo."
O chefe do serviço de infectologia do Hospital Evangélico, Sérgio Penteado, diz que hoje os hospitais de Curitiba têm capacidade para atender a demanda e que os dados atuais mostram uma letalidade baixa da gripe A. "Até o momento não houve uma mutação que aumente a gravidade." A recomendação é a prevenção. Penteado lembra que é importante procurar um médico assim que apareçam os primeiros sintomas porque o vírus pode ter uma evolução rápida.
A pesquisa também mostra que 62% das empresas não promoveram mudanças em função da gripe. Penteado diz que empregados e patrões acabam ficando reféns da situação porque não há o que fazer além de atuar na prevenção básica. Tanto ele quanto a epidemiologista Marta Fragoso salientam, no entanto, a importância de se manter os hábitos constantes de higiene. "Quando ocorreu a epidemia da SARS (sigla em inglês para Síndrome Respiratória Aguda Grave), pesquisas no Canadá apontavam que apenas 10% da população lavava as mãos após ir ao banheiro. Depois das campanhas informativas, esse índice subiu para 90%", diz o infectologista.
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