Para o diretor da regional paranaense da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR-PR), João Chiminazzo Neto, o projeto Estradas da Liberdade é mais um ato simbólico para justificar a promessa de campanha do atual governo. Chiminazzo lembra que tentativas parecidas surgiram no passado e cita três episódios. O da encampação das concessionárias, em 2003, quando o governo desistiu de pagar as indenizações; a ameaça de intervenção com as invasões feitas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), em 2003, e a promessa do Pedágio de Manutenção, que seria implantado em 2004, entre Guaíra e Maringá, ao preço de R$ 1,50.

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Chiminazzo reforça que a intenção do governo agora é distorcer os valores. "Sempre estão apresentando uma numerologia equivocada", diz. O diretor exemplifica com os R$ 400 mil por quilômetro que o governador está apresentando como sugerido pelas empresas do pedágio para a recuperação de rodovias. "Nunca atribuímos isso. Esse número é do programa de recuperação que o [ ex-governador Jaime] Lerner ia fazer", diz. A medida não preocupa as concessionárias. "Os usuários vão optar pelo conforto, tempo de viagem e segurança", diz Chiminazzo. O diretor da ABCR-PR ressalta que a geometria proposta para as rotas alternativas não comporta grande fluxo. (TD)

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