Graças à implantação do Superbus, o antigo projeto de duplicação da Avenida Duque de Caxias deve finalmente sair do papel. Para isso, 74 imóveis serão desapropriados, o que deve custar R$ 19 milhões aos cofres do município. A obra será necessária para que o Superbus possa transitar nos dois sentidos da via, no trecho entre as avenidas Leste-Oeste e Brasília.
A duplicação do trecho será uma das obras da primeira fase de implantação do novo sistema. O projeto, no entanto, não é exatamente como aquele que está há anos na gaveta. “Não é o mesmo projeto. Estamos deixando essa duplicação da Duque já alinhada com um viaduto que vai surgir no cruzamento com a BR-369 na segunda fase do Superbus. Isso não tinha no projeto anterior”, explicou o assessor de Projetos Estratégicos da Prefeitura, Carlos Alberto Geirinhas.
Segundo ele, os R$ 19 milhões necessários para as desapropriações já estão previstos no orçamento do Município para 2016. “Esse recurso representa a contrapartida do Município aos R$ 124 milhões do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento].”
Sair do bairro
De acordo com a gerente de projetos do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (Ippul), Cristiane Dutra, a duplicação do trecho é necessária porque os ônibus do Superbus não poderão transitar pelas ruas da Vila Casoni, como fazem hoje os ônibus atuais. “O sistema vai funcionar com veículos maiores, que precisam de vias mais retilíneas. Hoje, no trecho em que a Duque de Caxias tem sentido único, os ônibus circulam em sistema binário [sentido inverso] pela Rua Brasil. Mas quando a Brasil cruza a Vila Casoni, os ônibus precisam entrar pelo bairro, que tem uma topografia bastante acidentada.”
A duplicação da Duque de Caxias é um projeto antigo e uma das propostas mais radicais do Plano Viário de Londrina. Além de ser uma avenida antiga, que abriga lojas com mais de 40 anos, é uma das poucas vias que faz ligação entre a zona norte e a zona sul de Londrina. O projeto antigo, no entanto, previa a duplicação do trecho entre as avenidas Brasília e JK, mas sempre teve como obstáculos as desapropriações. “Agora priorizamos o trecho até a Leste-Oeste por ser mais longe do centro, com menos edificações, sem prédios históricos”, argumentou Cristiane.