Não faltam recursos nem tecnologia para elucidar os crimes que acontecem no Paraná, segundo o delegado-chefe do Centro de Operações Especiais Policias (Cope), Miguel Stadler. Para ele, a polícia tem todos os recursos de que precisa para chegar aos criminosos.
Stadler prefere não comentar o inquérito do Morro do Boi, mas, questionado sobre os motivos que levam a polícia a não concluir um caso, como o da menina Rachel Genofre (encontrada morta em uma mala, na rodoviária de Curitiba), Stadler explicou que estes são crimes considerados de difícil solução. "São casos que, por ventura, tiveram um início de investigação truncado. É aquela coisa: acha que é de fácil elucidação e no decorrer da investigação enfrenta dificuldades de materialidade (provas) ou/e de vínculo com o autor do crime", afirma.
Stadler lembra que isolar o local do crime é um dos principais requisitos para o sucesso da investigação. Um investigador que prefere não ter o nome divulgado explica que, como em todas as outras profissões, a falha humana também pode acontecer na investigação. "É o ego humano. Você chega no local do crime e quer resolver, afinal está ali para isso. Tudo o que tem no local é importante, mas cada investigador tem uma linha de trabalho", diz.
Mas nem sempre é possível fazer isso de maneira adequada. No caso do Morro do Boi, por exemplo, diversas pessoas conseguiram subir no local. "O problema é que a polícia trabalha com diversas possibilidades. O próprio criminoso pode alterar o local do crime. Vamos até uma residência, por exemplo, com a denúncia de suicídio. Mas durante as investigações percebemos que foi homicídio", diz Stadler.
Surpresa
O delegado-chefe do Cope lembra ainda que um investigador, inicialmente, pode achar que o crime é de fácil solução, mas no decorrer do caminho perceber que é mais difícil do que imaginava. "Devemos seguir todas as etapas da investigação, isolar o local, coletar provas, solicitar exames, começar a fazer os mandados de prisão. Este deve ser o protocolo."
Procurado pela reportagem no fim da semana, o delegado Luiz Alberto Cartaxo, responsável pelas investigações do crime do Morro do Boi, não quis falar sobre o caso, que corre agora em segredo de Justiça. Em coletiva de imprensa, na terça-feira, Cartaxo foi incisivo em dizer que a polícia não errou ao indiciar Juarez Ferreira Pinto. "Qualquer um no meu lugar faria o mesmo", disse.
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